É sabido que a inveja é, de facto, um dos maiores defeitos dos portugueses. A inveja não olha ao esforço do outro - tudo o que o outro tem nada lhe custou, nem sequer a manter. Mas a inveja é um defeito passivo, geralmente (e é perigosa quando deixa de o ser) - e isso diz muito de nós como povo.
Talvez, no entanto, não seja a inveja o pecado supremo em Portugal. Tomemos a vaidade. Por vaidade pretende-se exactamente induzir inveja, exibir alguma riqueza ao outro. Propositadamente. Ora, querer induzir inveja num povo naturalmente invejoso tem contornos de especial obscenidade. Ou, mais raramente, de pura estupidez. Deve ser por isso que o povo português, se bem que bastante invejoso, é igualmente muito discreto.
Talvez a inveja seja o nosso pecado mais comum. Mas pergunto-me se a vaidade não será um dos mais graves (certamente que a luxúria, a gula e preguiça são bastante aceites).
Talvez, no entanto, não seja a inveja o pecado supremo em Portugal. Tomemos a vaidade. Por vaidade pretende-se exactamente induzir inveja, exibir alguma riqueza ao outro. Propositadamente. Ora, querer induzir inveja num povo naturalmente invejoso tem contornos de especial obscenidade. Ou, mais raramente, de pura estupidez. Deve ser por isso que o povo português, se bem que bastante invejoso, é igualmente muito discreto.
Talvez a inveja seja o nosso pecado mais comum. Mas pergunto-me se a vaidade não será um dos mais graves (certamente que a luxúria, a gula e preguiça são bastante aceites).