quarta-feira, julho 25, 2007

Da Juventude e da Renascença

Gostemos ou nao, a juventude é uma época caracterizada pelo conhecimento e pelo reconhecimento. Há todo um mundo, uma multitude de pessoas a conhecer e talentos a desenvolver. Esse espírito faz parte do mistério da estupidez: refiro-me à sua virtude. Sim, a estupidez tem a sua virtude. Vejamos: é óbvio que o mundo nao nasceu connosco, que somos sempre precedidos por um passado. E que, com as melhores liçoes do passado poupamos tempo, e ganhamos serenidade para a jornada. Mas a vantagem de alguns (a maioria) serem absolutamente alheios à sua história permite-lhes uma vida de aprendizagem por tentativa e erro, e de exploraçao livre da sua juventude. É por isso que o egotismo e a vaidade de um físico brilhante, podendo ser considerados ofensivos porque desprezam um trabalho de minúcia que o precede, sao tolerados pelo avanço que a sua inteligência pode trazer à sociedade. O ideal, no entanto, seria ter pessoas mais velhas a jusante que motivassem os mais novos a montante. Mas esse é um ideal católico, e difícil de colocar em prática, ao que parece. Agora que todos sao livres, os mais velhos sao-no para incorrer em parvoíces impróprias e serôdias, os mais novos para esquecerem qualquer dever de gratidao. De qualquer forma, o certo é que, com a juventude, há uma janela de oportunidade para o desenvolvimento de um talento - que provavelmente nao voltará.

Sempre achei que os jovens que conheci que nunca tiveram essas ambiçoes de conhecimento e reconhecimento (já nem falo de conceitos arcaicos como honra) nunca chegaram realmente a ser jovens. Que nunca tiveram qualquer sede de conhecimento, o prazer íntimo da descoberta, a riqueza do saber acumulado. No fundo, que nunca tiveram sonho. Que se perderam cedo demais nas maneiras cínicas do mundo. Que tiveram medo de falhar demasiado cedo. Que deixaram de tentar ser honestos demasiado cedo. Ou que se perderam nos prazeres adultos. E têm razao, claro que têm, mas esse sabor ingénuo a sonho, nunca o saberao, é algo de único na vida. E eles nao sao realmente mais que jovens adultos, nada mais que isso.

Perante a imperfeiçao humana, suponho que é difícil estar do lado, generoso, da Renascença. Mas quando ela triunfa por entre a rotina e mesmo às vezes o desespero (fome, doença) é a coisa mais bela que a Humanidade cria. Exercício mental para exemplificar: recordam-se da euforia nos anos 90, com o advento da "Terceira Via", do PC, da Internet, Genética, Biotecnologia, Globalizaçao? Quantas vidas dedicadas à Ciência, génio e trabalho, nao estiveram na sua origem? Conseguiram confundir um pouco a estrutura social - havia algo ali realmente novo na história do ser humano. Mas, alas, depois voltamos, temos que voltar, ao mesmo de sempre.

terça-feira, julho 24, 2007

Pecado Original 15



Elena Santarelli. Ainda nao La Santarelli, como a imagem de baixo poderia fazer prever, porque ainda é sua essa doçura de ragazza, patente na foto de cima. Mas lá chegará. Namora um obscuro (para mim) Bernardo Corradi, avançado do Manchester City, e queixa-se da cidade, ou nao fosse ela (como se dúvidas houvesse) natural de Latina.

segunda-feira, julho 23, 2007

That Thing

É quando somos subitamente perturbados por uma voz feminina no rádio que perdebemos esse facto inelutável: é Verao.