sábado, março 28, 2009

Importador de Pecados

Ele era
Importador de pecados,
Chegados
Pela madrugada
Embalados,
Comprados por quase nada.

Às vezes nem reconhecia
Aquela dor, estranha agonia
De um outro povo...
Mas seus pecados importava,
A qualidade estranhava -
E importava-os de novo.

Que não os sabia produzir,
Que não queria arriscar,
E então pecados importava,
Por a si não lhe importar.

Um dia lhe disse alguém
De estar assim gastando a vida,
Pagando o pecado ao vintém
Da felicidade contida.

“Mas se há tanta gente a comprá-los
Mesmo gastos, e mal-feitos!”
Defendeu.
“Muita gente tem defeitos
E só não sabe como usá-los…”
Esse amigo respondeu.

“Essa vida que prodigam
Para eles alguém poupou...
Ouve o que te digo -
De uma vez -
Aprende a pecar - sem medo,
Como faz um português.”

Pedro Oliveira

História de Desgraçado

Chamem-me
Desgraçado
Mas cuidado,
Que eu tenho
A graça de estar bem.

Afinal, quem
Me desgraçou nem fui eu,
Mas eu não clamei
Contra a desgraça
Suave…
Que se me acometeu.

Não é demasiada,
E não é minha por inteiro,
Mas é tão bem sempre desgraça
Memória de um outro certo,
Passo em fuga ao verdadeiro.

Fico de nome, pois, Desgraçado -
O último como o primeiro.

Chamem-me... o que quiserem
Afinal,
Já fui eu quem outrora
Julgou, chamou.

Se bem me lembro, por isso
A desgraça começou.

Pedro Oliveira

sexta-feira, março 27, 2009

Re: Playboy Portuguesa

Vejo-me obrigado a discordar do PGuerra quanto à Playboy portuguesa: nada tenho contra a escolha de Mónica Sofia para primeira capa. A verdade é que não existem assim tantos nomes de famosas passíveis de capa de estreia em Portugal.

Para além disso, o estilo da revista tem que se impôr primeiro para conseguir determinadas mulheres de renome - idealmente, como na versão brasileira, evoluindo para um patamar quase de 'honraria'. Só após o primeiro número essa cultura vai estar ou não... explícita, para as várias outras famosas que possam ser convidadas.

Pessoalmente, prevejo até que, mais do que as famosas já existentes, a Playboy portuguesa vá ela própria descobrir - e criar - mulheres famosas. Para que o projecto possa ter sustentabilidade em Portugal, claro.

E eu - está na cara - sou dos que deseja intensamente que tenha.


O Futuro

Não podem deixar de abrir este link e ver como será o futuro...impressionante.

http://pauloquerido.pt/tecnologia/voce-leitor-quer-passar-se/

Playboy Portuguesa

Amanhã é dia festivo, a playboy portuguesa vai para as bancas.
Até aqui tudo bem. O problema (não é bem um problema), é que neste género de coisas as revistas na sua primeira edição têm sempre uma capa de sonho, para causar impacto, geralmente, escolhem sempre alguém de renome.
Perante a escolha da Mónica Sofia (QUEM?), dá vontade de dizer que nos estreámos à portuguesa...fraquinho, fraquinho.

PS: Antes a Mónica Sofia que uma Soraia Karina ou uma Leila Vanessa.

O Estado

Dou comigo a pensar como na minha vida, dessas coisas que o Estado dá a tantos portugueses: bolsas, subsídios, ajudas, etc., em nada creio ter sido - directamente, pelo menos - agraciado.

Para mim a 'mama' do Estado é como aquilo dos acidentes - só acontece aos outros. Pode ser que eu um dia, se não tiver cuidado, dê uma guinada na direcção e vá parar a uma avença confortável. Ou não respeite um vermelho e entre numa repartição amena.

Nada de grave, claro - só uns princípiozitos partidos, só umas escoriações superficiais na moral. Nada de sério. Mas é que eu ainda teimo em ter cuidado. Raios.

É assim, o célebre 'Estado'. Farto de ouvir dele na TV e jornais, mas - lá está - tantas vezes parece ser coisa só 'dos outros'.

quinta-feira, março 26, 2009

No Need For Weed?

Ok. Se o Obama diz, eu não vou insistir. Então nesse caso, meus caros, já só me resta a outra proposta: fechar o país e meter tudo a trocar a 'chicha' para as ideias fluírem. Mas sem deixar cair no chão. Isso é que era bonito.

Against The System

Uma das declarações mais honestas que ouvi nos últimos tempos foi esta, de Mickey Rourcke, após o seu recente 'comeback' nos cinemas:

"I made some stupid, jerky, fall-on-my-ass mistakes, for fifteen years, and I regret a lot. A lot. Hollywood didn’t kick my ass; I kicked my ass. You go up against the system, you don’t win. I lost. That was it. I lost. Humbling."*

Reconhecer que se foi contra o sistema - e se foi trucidado por ele. Eis algo que não se ouve todos os dias.

*bold meu

terça-feira, março 24, 2009

Just Glance

Entrevista de Lady GaGa ao Ípsilon, do Público.

Boa Acção do Dia 17

Para que possam ficar contextualizados, na preparação para o dia do primeiro número, aqui vos deixo o arquivo - inusitadamente navegável - de 53 números, de 1954 a 2006.

Para os amantes do vintage, em especial - mas para todos aqueles que sentiram ou sentem o fascínio pelo etéreo universo da Playboy.

As revistas estão integralmente digitalizadas. Acreditem - esta é mesmo uma excelente acção. Não têm de quê.

Ladies and Gentlemen

Eu sempre gostei de ler. Não - todo o género de livro, jornal. Até à revolução gráfica do 'Público', eu era um fiel devoto. Se eu não gostasse tanto de ler - e escrever - este blog não existiria.

A imprensa portuguesa degradou-se com o 'benchmarking', perdeu heterodoxia, e gente dedicada ao que mais gostava. É pena.

Mas no meio deste cinzentismo, meus amigos, faltam menos de 3 dias para o primeiro número - histórico - da mais amada revista. Como? Não, estão enganados - é muito mais que isso. E tudo aquilo que eu enunciei acima se aplica. Verão.

Do Generosità ficam os votos de que seja tudo aquilo que pode ser.



Finalmente, o amor às mulheres - para cavalheiros.

domingo, março 22, 2009

A Mini

Como disse: custou, mas valeu imensamente o esforço.