sexta-feira, outubro 26, 2007

Obra Prima

Um verdadeiro documento de valor incalculável. A melhor contribuição dada até agora por este blog. Imperdivel. Como diz a Euronews, NO Comment.
A ver e rever a parte inicial.
Todos tÊm que ver o video que está no you tube com a seguinte designação: Lisboa-Portugal- Euronews- No Comment.
Lamento não conseguir aqui postar o video, mas é que alguém ( governo? já não bastava a cena da Wikipédia!!!) desactivou essa possibilidade.

quarta-feira, outubro 24, 2007

Conservadorismo Liberal III

Uma questao, a meu ver, importante de perceber é a da criaçao de emprego na estrutura de uma sociedade.

1. A criaçao de emprego é algo de intrinsecamente necessário para a sociedade ou nao? Quer dizer, com o lastro histórico acumulado, e com todo o desenvolvimento tecnológico, será ainda necessário que todos trabalhem? A fome nao estaria já teoricamente controlada? A prestaçao de cuidados de saúde também nao? Ou, pelo contrário, todas as maos sao efectivamente necessárias para o mais fundamental?

2. A criaçao de emprego é uma necessidade moral? Como disse Reagan, a sociedade depende disso - as pessoas, livres, e deixadas a si sao um problema em potência? É assim, de raíz, "mau" o ser humano?

3. A criaçao de emprego como surge, e porque surge? Serao os que estao "a jusante" que querem a sua hora de enriquecer à custa dos que estao "a montante"? Será por prazer de domínio - será que há homens para quem ter outros a trabalhar para si é um "boost" para o ego? Como relacionar isso em termos sociobiológicos?

4. Serao verdade os truísmos macroeconómicos de que as empresas contratarao se tiverem lucros? E que as pessoas, se despedidas, irao ser contratadas por outras empresas? Ou as empresas querem sempre gerar a maior liquidez com o menor número de pessoas? E as pessoas, se despedidas, dificilmente encontrarao postos de trabalho, mesmo se as outras empresas estiverem financeiramente bem?

5. No caso português, haverá algum sentimento de dever nacional, face às características do país, em criar emprego por parte de quem tenha possibilidade para o fazer?

Vitória Moral

Do futebol se disse um dia que era um belo jogo disputado entre 22 jogadores - que a Alemanha depois ganha.

Serao algo de parecido as mulheres bonitas - uma espécie de troféu, disputado à distância por tantos, para mais tarde partilharem as suas vidas com os homens mais repreensíveis.

Se alguns bons homens puderem ter umas quantas vitórias morais pelo caminho, mesmo por pouco tempo, é já um sucesso.

Inteligência e Sentido de Humor

Uma das coisas que as mulheres de referência, em todos os padroes, dizem, é que, nos homens, gostam de "inteligência" e "sentido de humor" acima de tudo.

Aquilo que eu nao percebo bem é que nao sao só as mulheres nos 30, 40 a dizê-lo (teria a sua lógica) - também sao as de 20! Ora qualquer rapaz/homem dessa faixa etária, minimamente inteligente, mesmo sem sentido de humor, tem que se rir!

O que talvez faça sentido é que se gosta disso uma vez ultrapassada a atracçao física, um certo mínimo garantido. Porque entao nem em termos de "selecçao sexual" (perdoem o meu darwinismo) tal faria sentido. Quantas hipóteses ficariam entao por estudar, se as pessoas nem se chegam a conhecer? É que, ao contrário do físico, o espírito só pode ser aferido com conhecimento particular. Quantas raparigas querem saber o que leu determinado rapaz? E quantas querem testá-lo na pista de dança?

Pessoalmente, ao ouvir esses elogios ao "inteligente" e ao "bem-humorado" sinto a minha inteligência ligeiramente ofendida, e desponta-me um pequeno sorriso nos lábios. Que me perdoem, senhoras - do coraçao. Mas, concedo, posso ser eu quem está enganado - espero bem que sim, para o futuro do país (e o meu).

Da Depressao

Nunca me aconteceu alguém confessar-se-me deprimido. E refiro-me ao estado patológico, documentado, nao somente ao "estar em baixo". Mas, se se desse o caso eu diria somente "meu caro/minha cara, bem-vindo à sociedade!".

A depressao é, verdadeiramente, uma necessidade social. É a resposta à pressao de uns sobre outros. E a pressao é o gérmen de toda a sociedade e civilizaçao. Num exército todos os soldados devem estar sob o mesmo nível de pressao, a sua irmandade depende disso. Os pais, limitando a sua ânsia louco de experiência e liberdade, deprimem os filhos. O patrao está sujeito a maior pressao que o empregado, mas também coloca pressao sobre o empregado, como este nao lhe pode retribuir. Há a "upper class" e a "working class" - talvez a diferença nao esteja tanto no trabalho, antes na depressao com o seu trabalho. Se um parceiro atraente escapa ao desejo se estar com uma pessoa (mas o livre arbítrio é soberano), isso cria depressao. E a amizade? Poder-se-á explicar pela conjunçao de espíritos deprimidos? E o Amor, também?

Do "mal de vivre" nascem coisas muito interessantes. Talvez muita da inteligência, talvez mesmo a arte mais elaborada. Sim, porque, se pensarmos bem, a inteligência, cultura e (determinada) arte nao sao coisas muito naturais. E combater o natural faz parte de um esforço individual em sociedade.

A pressao e a depressao sao instrumentos de engano de outras coisas de ser humano, suponho - essas sim, bem mais graves.

terça-feira, outubro 23, 2007

Amen!

Se eu sou religioso? Seguramente que o sou. E nao sou o único, está visto. Praticante? Bom, é melhor nao ir por aí... Mas tenho rezado muito naquele altar, isso sim.

Uma Questao de Crédito

Uma farmácia em funcionamento bizarro. Mecanismo de marketing, recorrendo ao crédito para aumentar vendas? Ou boa-fé genuína do farmacêutico, que se arrisca a perder o negócio, e merece todo o crédito?

Nada é claro neste mundo de cinismos travestidos, neste mundo "trompe l'oeil". Nada é claro.

Shot 5

A actriz Daniella Cicarelli afirmou recentemente que é sonâmbula e que por causa disso uma vez andou nua, à noite, a passear pelos corredores de um hotel.
Que pena nunca nos termos hospedado no mesmo sitio.


PSD: O Partido "Give Me A Reason"

Já aqui escrevi antes que uma das características genéticas do militante mais "base" do PSD é a definiçao pela negativa. Ele nao sabe ao certo se é de direita, ou de esquerda. Se é liberal ou estatista. Tem uma vaga impressao dos limites da social-democracia. E uma certa fé no "logo se vê", desde que estejam "lá" as pessoas certas. Tem as suas referências e personalidades, mas essas afinidades variam. Todo o modelo concebido varia, de militante para militante. Agora, o que o Zé PSD sabe, visceralmente, é que nao é "chucha" - socialista.

Nao gosto muito de generalizar, ou de colocar os PSD e PS muito distintos, como se os "aparatchicks" nao fossem muitíssimo parecidos. Mas vamos usar essa definiçao pela negativa "for the sake of argument". Acontece que o "argument" aqui é uma espécie de análise psicológica do partido, da supraestrutura, que nao está assim tao distante dessa mesma mentalidade. Dessa busca do "bode expiatório".

Li algures alguém que dizia do PSD, personalizando-o, ser rigoroso, mas flexível - esperto. Analítico mas intuitivo. Que tem memória e se lança ao futuro. Que está sempre dividido mas congrega como nenhuma instituiçao. Que prepara com zelo mas também age no improviso. Que é, enfim, português até ao osso - regra e excepçao, como cada português.

O que eu acho é que o partido recolhe, de facto, a parte mais vital de ser português. Mas, também, basta atentar na nossa história para ver que precisamos de uma razao superior. Precisamos de uns quaisquer Descobrimentos, um Brasil, uma África, uma Espanha, uma Europa inatingível, um sonho de progresso social impossível.

Ser português é gostar do impossível. Nao vale a pena sê-lo sem ter algum risco, algum impossível na vida. Ser português é saber de cor aquela frase: "Quando vamos em direcçao ao impossível, ele recua". E há razoes para que assim seja.

(O que é que eu fiz de impossível? Estava mesmo a ver essa pergunta a sair. Bom... nao sei. Há impossíveis que existem sob a estática das coisas. Mas, se houver insistência aí, eu nao pretendo ser exemplo para ninguém. Nem poderia opinar sobre a maior parte das coisas, se quisesse. Lê estas linhas quem quiser, por sua própria conta e risco.)

O certo é que estao aí à porta novos impossíveis. E hao-de andar sempre a desafiar-nos. Essa é a altura em que um povo gregário como poucos se une para grandes feitos (e depois vive à conta disso mais uns séculos...).

Cabe talvez ao PSD melhor personificar esse espírito. O país hoje é outro, e está envelhecido. Mas tudo é possível. Basta achar a tal razao. Basta acertar na "Espanha" que nos ameaça, no "Oriente" a descobrir.

Ou entao, estas sao só divagaçoes românticas, ao estilo "petit bourgeois". Que foram a fome e a miséria essas simples razoes passadas, nada mais. Olhar para a riqueza, a propriedade, etc. Nao falar assim de "país" numa era de globalizaçao, ter a decência.

Talvez. E de mim nao mais levam que "talvez". Mas pode ser que haja mesmo espaço, necessidade, para essa razao. Como se fosse redentora de todos os pecados. E às tantas é mesmo. Às tantas alguém, farto, grita demasiado alto contra qualquer inimigo "Go ahead. Make my day". E os outros seguem-no. E os tempos, o país, mudam entao - vertiginosamente.

O Ovo e a Galinha

Nunca chegamos a perceber se achamos tantas mulheres em nosso redor interessantes porque andamos stressados, ou se andamos stressados porque estamos, efectivamente, rodeados de mulheres interessantes.

Europa

O novo tratado europeu vai ser assinado em Lisboa. Bem, acho agradável que seja assinado em Lisboa, contudo, o que me interessa é a substância e essa não me agrada.
Por formação académica devo estar incluido naquele lote de 0,01% da população portuguesa que tem alguma ideia do que se trata. Para a maioria é mais uma treta dos líderes europeus que não lhes aquece nem arrefece, mas deveria...
Um tratado com este conteúdo deveria ser referendado, pelo menos em Portugal, que nunca referendou nada. Pelo menos tal consulta um mérito teria, o do maior esclarecimento da população e o formar de novas consciências para o que se avizinha. Até aqui a Europa foi dando pequenos passos federalistas, agora não foi dado um passo, mas antes um salto nesse sentido. O problema é que em Portugal não se discute a Europa, espera-se apenas que venham os milhões e mais nada. É grave. Dentro de 20 anos quando votarmos para as eleições legislativas, a pergunta não vai ser em quem votar, mas sim para quê votar. Tudo virá de fora, e aí vai ser o toma e não discute...
Já estou a ver daqui a 20 anos um ZÉ qualquer num café de Lisboa a comentar com o seu camarada, afinal não foi tão porreiro pá.

PS: A não perder o artgo do JPP de sábado no Público. Não sou tão radical como ele, mas muitas ideias do que penso estão lá.

Mafiosos? Não, Empresários


Esta semana um estudo publicado em Itália sobre o estado da sua economia revelou-nos algo interessante. A maior empresa de Itália? Não, não é a Fiat nem nenhuma firma de moda, mas antes a nossa "querida" Máfia. Por ano gera 90 mil milhões de euros(!), o equivalente a 7% do PIB italiano. É tudo uma questão de eficácia.
A mim não me perguntem mais nada, a omertà não me permite.

segunda-feira, outubro 22, 2007

"Sono Speciale"

Mourinho deseja como próximo campeonato o italiano. Entre Macini, Ranieri e Ancellotti, certamente um deve ceder até ao final da época, abrindo o espaço. E eu, desde logo, estou curioso em saber como será Mourinho, no seu falar (propositadamente) desleixado, a dar a volta a uma língua rigorosa e estruturada. Ah, e depois há o sotaque. Apostas em que Mourinho vai ceder às exigências de estilo e deixar o fato-de-treino e a barba de 3 dias? Bom, o fato-de-treino pelo menos.

Agora, Mourinho deve pensar bem a transiçao para Itália. Nao está em causa a sua capacidade, de todo (embora eu esteja longe de ser um fa - sim, sim a lusa inveja, mas há ali todo um estilo que nao é o meu, e um futebol que muito menos). Deve perceber que em Itália nao vale a abordagem Chelsea. Se ele ficava irado com as (excepcionalmente raras) ambiguidades do futebol inglês, entao nem quero pensar no que lhe passará na italiana pátria da ambiguidade (é certo, safou-se na portuguesa - mas aí estava em vantagem).

E depois, nao menos importante, a sua abordagem psicológica. Mourinho escusa de tentar jogar ali com os media como fez em Portugal e Inglaterra, escusa de tentar truques psicológicos - nao se pode ensinar a missa ao padre...

Se Mourinho for para Itália, fica aqui a minha aposta num estilo totalmente diferente - que o homem é inteligente o suficiente para o perceber. Tem de ser muito mais "low-profile", nao terá outra hipótese. Nao é com ingleses que lida. Nao terá a mesma liberdade. Nao terá a mesma segurança.

Ele é que sabe. Pessoalmente, espero pelo tal sotaque preguiçoso numa nova versao. Aliás, repito, espero todo um novo Mourinho. Mas como digo, vai ser mais complicado do que pode agora prever. E eu já achava estranho ouvi-lo dizer, todo Camoes-homem-do-mar, aos velhos do Restelo, que ia para Londres sem chorar as saudades do peixe grelhado ou outras fátuas lusitanidades. Mas... passado uns mesitos lá estava ele a dar um balúrdio por uma casa em Ferragudo, porque era o local de férias de infância. E eu a rir-me sozinho.

Apesar das egotices idiotas (que isso de jogar à bola é quase neurocirurgia) e daquilo com a camisola do Rui Jorge, se fores, "buona fortuna". Sendo português, sou sempre "tiffosi" (pena que nao tenha havido a mesma cortesia com Ronaldo e Peseiro). Agora, com cuidado, que em Itália nunca é pouco. Mas, valha a verdade, maior desafio nao existe.

domingo, outubro 21, 2007

Do Amor (2)

Talvez eu seja um pessimista crónico. Talvez. Mas eu gosto mais de me chamar realista informado, ou culto, se tal me for permitido. Isto serve para falar do Amor.

Suspeito que nao há Amor, daquele verdadeiro e louco, sem ingenuidade, e sem uma certa humildade relativamente à vida de cada parceiro. É fácil perdê-las, hoje em dia. Cada vez mais fácil, olhando para a quantidade de coisas materiais que possuímos. Quanto mais ricos, mais arrogantes - quanto mais arrogantes mais egotistas, e quanto mais egotistas menos dispostos ao compromisso. E o Amor é uma coisa mágica que anda à volta do compromisso.

Feita a emancipaçao, as regras estao ali, claríssimas para todos. Tudo uma questao de domínio ou co-domínio. Sempre foi assim, sempre será.

De repente, apalpam-se os bolsos nervosamente, e já nao estao lá aquela pura inocência, o sonho ingénuo - e, com eles, a capacidade de compromisso a um Amor juvenil insano. Se calhar nao existem, esses amores. Às tantas as tais regras sao percebidas muito mais cedo que o que eu penso. E ainda assim... é pena. Porque ali há algo de secreto, único e diferente. Basta um mero descuido, basta nao resistirmos ao mudar de ventos, e toda a possibilidade desaparece. Somos entao adultos. Que bom.

A jusante as regras sao implacáveis, embora o prazer seja maior, e mais natural o caminho. Inevitável, dirao alguns. Mas a montante brilha um amor juvenil, puro, intenso e louco. A montante está algo mais que mero humano. Ah, e ter coragem de viver a montante, se todos nos puxam para jusante? Talvez a culpa seja nossa, no final. Talvez nao pertençamos a montante. Que pena. Verdadeiramente, que pena.

Os Meus Prazeres 13

Dizem-me que é um vinho comum, patente no menu de qualquer restaurante de qualidade média. Tudo bem, nao sou nada elitista nesse aspecto. E recomendo, ainda assim, o Adega de Pias 2006 (cujo rótulo nada tem a ver com o da imagem - foi a única que encontrei). De uma leveza excepcional, mal se sentem os seus 14º (alentejano, apesar de tudo). Mas é um vinho muito... telúrico - nao o sei colocar de outra forma. Arriscando (muito), diria sentir-se o seu "terroir" calcário (se algum enólogo estiver a ler, que contenha os instintos violentos). Muito encorpado, sem ser ácido, sem ser exagerado, mas pleno de sabor. Definitivamente, um dos meus favoritos para refeiçoes domingueiras. No meu catálogo, um belo vinho, a bom preço.

Os Meus Filmes 8: Il Gattopardo

"Finché c'è morte c'è speranza."
"Se vogliamo che tutto rimanga come è, bisogna che tutto cambi."

"Tutto questo non dovrebbe poter durare; però durerà, sempre; il sempre umano, beninteso, un secolo, due secoli ...; e dopo sarà diverso, ma peggiore. Noi fummo i Gattopardi, i Leoni; quelli che ci sostituiranno saranno gli sciacalletti, le iene; e tutti quanti Gattopardi, sciacalli e pecore continueremo a crederci il sale della terra."

"Che vuoi che sia l’amore? Fuoco e fiamme per una anno e cenere per cento."

Finezas

Dois pormenores, no "Sol" deste fim-de-semana, para quem os perceba:

Ruy de Carvalho: "Nao queria estar na pele de Santana Lopes, tendo em conta o que lhe aconteceu. Fizeram-lhe muitas malandrices. Atacam-no porque gosta de mulheres. Nem quero imaginar o que seria se gostasse mais de homens."

Marcelo Rebelo de Sousa: "Debate, ontem, na Faculdade sobre 'Ética dos juízes'. Passei lá, a correr, no final do despacho e reunioes. A tempo de ouvir as intervençoes de Adriano Moreira (que energia!) e Pacheco Pereira (como tem tempo para tanta coisa?)

A propósito deste último, nao resisto a citar: "Cá se fazem, cá se pagam". Hilariante.

Crazy Eyes

Na avaliaçao de Luís Felipe Menezes há algo que me faz uma certa impressao. Nao devia, mas o facto é que faz. Tenho a imodéstia de me dizer atento aos pormenores, mas desconfio que mais gente deve ter atentado nessa característica.

Concretizando, confesso que me impressiona às vezes o olhar de Menezes. É algo... desconcertante. Faz-me lembrar um jesuíta doutro século. Quando na sua "Grande Entrevista" desta semana, se virou para a câmara, pretendendo mostrar a sua honestidade para com os telespectadores, até me assustei. O homem parecia sair da TV. Só me lembrava do medo arcaico da minha irma, que temia que os touros saíssem da televisao durante as touradas.

"Crazy eyes"... lembrei-me também dessa expressao de cultura popular americana. "Crazy eyes".... Mas, nao, sou eu que exagero - nao deve ser nada. Espero que Menezes o perdoe - que ainda está em benefício da dúvida. Ainda assim, recordando a formaçao de Menezes, nao resisto a relembrar o adágio: "De médico e de louco, todos temos um pouco". Mas só um pouco, atençao.