sábado, março 07, 2009

Momentos 12

Clérigos de um lado, clérigos do outro. Vestiam hábitos sem cinturão - o dia era de festa. Ainda estudantes, à espera de serem ordenados (o dia mais sonhado), os dois grupos iriam entre si disputar o título de melhor matina cantada. Demonstrando a competitividade do encontro, um dos lados começou a entoar o Ameno à rebelia. O outro lado respondeu prontamente, boicotando os tempos.

Eram assim célebres pela sua dureza estes confrontos entre os estudantes eclesiásticos. Os dois edifícios, da facção dominicana e franciscana fitavam-se à espera deste tradicional dia - o dia em que os representantes da respectiva república estudantil se enfrentavam.

Alguns dos estudantes dessas classes viriam a conseguir grandes feitos, e a atingir a celebridade. Um deles foi Anselmo "Suíço" Ribas, jovem dominicano, e figura cimeira da sua república estudantil. Mais tarde, ser-lhe ia atribuída a fundação de um novo país, a que deu o nome dessa casa, onde teria passado os anos mais intensos da sua juventude: República Dominicana.

Momentos 11

Foi apenas quando Rodolfo, o castor mais pequeno e discreto daquele lado do rio, passou para a outra margem, integrando a outra comunidade, que Caronte, o castor mais veterano se apercebeu do que tinham perdido: eram magníficos os diques construídos por aquele castor sobre quem se falava baixinho. Intuía no seu trabalho uma criatividade especial. Mas agora ele tinha ido para sempre, sem uma palavra. Se conseguiriam reproduzir um dique tão perfeito como aquele que Rodolfo deixara para trás, não o sabia. Mas sentia-se amargurado por aquela desfeita. E era precisa cada vez mais, a protecção contra os predadores, o acesso fácil a alimento no Inverno. Foi aí que os jovens castores conceberam um ditado, que repetiriam até avós: "Não se é um génio até passar para a outra margem."

Frate Tommasi

Ainda a cerca de Mourinho, ler estes excertos do relato da vitória por 2-0 frente à Sampdoria:

"Questa è l'Inter: implacabile, cinica, schiacciasassi." [Este é a equipa do Inter: implacável, cínica, máquina compressora].

"Ma l'Inter è sorniona: non meraviglia, ma rallenta il ritmo e chiude i varchi, sfruttando il contropiede secondo la lezione di Mourinho." [Mas o Inter é uma equipa matreita: não maravilha, mas diminui o ritmo e fecha os cruzamentos, usando o contra-pé segundo a lição de Mourinho].

Hum? Italianos a criticarem o futebol cínico, defensivo, do guardar resultado e usar contra-ataque? [Risos]. Não - nisto Mourinho tem toda a razão.

Mi Dispiace Dire Che Te L'Avevo Detto Prima... Però...

É para mim algo estranho, mesmo penoso ver o que se passa com Mourinho em Itália. Parece-me desorientado, disparando para todos os lados. Parece-me aflito por uma pressão cuja origem nem sequer compreende.

Há muito tempo, eu avisei, neste blog (aqui e aqui), que Itália seria uma empresa totalmente diferente. O estilo de Mourinho não "casa" com o estilo italiano, por várias razões. E ele não tem sido inteligente o suficiente para mudá-lo. Não chega saber falar italiano fluentemente. "Em Roma, sê romano" - eis um ditado que não veio do nada.

Ainda assim, e por mais que critique o estilo adoptado por Mourinho - e creia que, na sua inflexibilidade, ele vá perder a aposta com o país, se continuar, e ter que ser ele a deixá-lo - o seu trabalho com o Inter, uma equipa que deveria ter uns vícios sérios, está acima do normal para qualquer recém-chegado a Itália, com a pressão de estar numa equipa de top.

Mourinho tem razão quando se queixa do irritante morder nos calcanhares de uma imprensa italiana que lhe pede tudo, e faz vista grossa às vergonhas dos outros. Mas a culpa não é dele - o Inter seria a pior escolha para Mourinho ir treinar, pela matriz genética do clube, mas sobretudo pelo simples facto de, sendo tricampeão (!), e um campeão menos "aceitável" que Milan, ou Juventus, ser o alvo mais-que-a-abater em toda Itália. Donde, Mourinho chegou numa péssima altura. É mau para esse sentimento anti-Inter que ele seja um treinador qualificado. E ele só conseguiria suplantar tudo isso com a tarefa hercúlea de, além de vencer, ter em campo um futebol magnífico, apaixonar os adeptos - o que não é o caso. Ou de ter uma postura mais consensual com o entorno - o que também não é o caso.

Temos, portanto que a imprensa assume já, desde logo, que o Inter é culpado até provado inocente, por todas as razões aquém da persona de Mourinho. Ora, a crispação, a provocação de Mourinho, são por isso egotistas, e fruto de análise falaciosa, no sentido em que Mourinho pensa que é tudo dirigido contra si. Ao fazê-lo, porém, ao responder assim, apenas lança lenha na fogueira: agora a imprensa não está apenas com mau humor em relação ao Inter - mas também em relação a Mourinho. Bello.

Poder-se-á dizer que, tendo Mourinho, esta postura, soltando fogo-de-artifício, pretende somente esconder a equipa dos holofotes, canalizar a pressão dos media. Desviar atenção da partida com o Manchester? - pode ser, perfeitamente. Mas... eu vi Mourinho fazer, desde que está no Inter, declarações de culpa dos seus jogadores, ad hominem, como nunca lhe escutara antes. Córdoba, Rivas, etc.. E custa-me a crer que a relação com os jogadores, embora certamente boa, seja tão intensa como a que tinha com os jogadores do Chelsea.

Por todos os parâmetros de análise, o facto de o Inter ter "mau sangue" contra si, o facto de Mourinho ter que pegar numa equipa planeada por outrém, o facto de ter grandes responsabilidades, com um tricampeonato em cima, e ambições - o trabalho de Mourinho até agora é, objectivamente, muito bom. Falta bom futebol, virtuosismo - mas eu também raramente me lembro disso no Porto ou no Chelsea. Eu gosto desse virtuosismo - mas Mourinho, para ter tanto sucesso, deve ter razão - a maioria gosta é de ganhar, e ponto.

Mas há uma questão acerca desta imprensa italiana, também interessante. Ela não joga justo com Mourinho, é certo. Mas Mourinho também não a consegue manipular como à portuguesa ou à inglesa. Ela não se comove. Adianta-se-lhe sempre. E isso certamente que o prejudica, afinal - porque lidar com a imprensa é parte da sua estratégia.

Não me surpreenderia que Mourinho saísse no final da época. Contrariado, em parte, porque o projecto dele era para mais tempo, realmente. Talvez dirimindo a desilusão de alguns, renunciando à sua indemnização, por exemplo.

Ainda assim, com alguma fortuna no caminho (por exemplo, eliminar o Manchester, etc.), e começando uma época de fresco em Itália, Mourinho pode conseguir chegar a um pico de consenso. E ficar com essa medalha pessoal - maior vitória do que vencer em Itália não há.

Boa Acção do Dia 15

Suponho que os portugueses nesse aspecto nem sejam os piores. Mas, meus caros, da próxima vez que passarem pela vossa empregada de caixa, no supermercado, certifiquem-se que não se esquecem do mínimo "Bom dia", ou "Boa tarde". Escasso é o encontro, mas a educação e a cortesia não têm pressa nunca. Eu próprio? Posso esquecer-me, é certo. Mas tento não.

Todos somos humanos, afinal. Até no 'payback'.

Bebido o Luar

Bebido o luar, ébrios de horizontes,
Julgamos que viver era abraçar
O rumor dos pinhais, o azul dos montes
E todos os jardins verdes do mar.

Mas solitários somos e passamos,
Não são nossos os frutos nem as flores,
O céu e o mar apagam-se exteriores
E tornam-se os fantasmas que sonhamos.

Por que jardins que nós não colheremos,
Límpidos nas auroras a nascer,
Por que o céu e o mar se não seremos
Nunca os deuses capazes de os viver.

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004)

Gula

Eu sou guloso. Quem me vislumbra pensa por vezes "aquele deve ser guloso". Quem fala comigo confirma: "ui - este é guloso...". Quem me conhece, enfim, sabe - eu sou guloso.

A gula é um pecado muitíssimo interessante, na minha opinião. É mais... criativo. Luxúria, ira, inveja? Isso é básico - qualquer um vai por aí. Mas nem todos apreciam a gula. Até por vaidade , afinal.

Certo é que a afluência calórica que caracteriza a vida nas sociedades ocidentais modernas tornou a gula um pecado banal, e exagerou-o ainda mais. Ficou um parente pobre dos pecados. Mas eu não penso, e escuso referir-me à gula, no extremo patológico. Mais bem, é ao médio-termo que me refiro. Ao pecado controlado de cada dia. Sem extremos, mas sem cedências.

Pessoalmente, concebo a gula como pecado de homem inteligente - sem estar com isto a elogiar a minha pessoa (não, não, a sério). Como disse, se ponderada, é mais subtil pecado, e os seus cultores tendem a favorecer a criatividade, a diversidade (de sabores), a refinação (não me refiro a 'fast food', atenção).

Talvez a gula de que eu fale seja 'elitista', que é como chamam hoje ao que eu digo gula campesina de sempre, aquela com bom gosto. A gula do rural puro nunca foi contaminada pelos novos produtos de plástico. Antes, perdurou no amor aos mesmos produtos, sobretudo àqueles que são de fabrico exigente, que exigem mais esforço, e que só merecem connaisseurs.

Para um guloso, Portugal é, realmente, um país abençoado. E sou eu tantas vezes a criticá-lo, (ui... como Portugal certamente a mim, que eu sou também bastante criticável), mas... tem muito mais sabor que outros países - façamos-lhe essa justiça.

Desde enchidos excelsos, até leitão crepitante com espumante adstringente, até a uma empada de galinha com uma massa folhada leve, deliciosa, até um cabrito no forno, luzidio, escuro, pecaminosamente tenro, até um arroz de marisco vindo do mar sincero, para nós, com o seu caldo fumegante, manto dourado sob o arroz, camarões, amêijoas, até as sardinhas cuja pele se retira de uma só vez, e que lançam um fumo chamariz, num silencioso toque a reunir - Portugal é um sonho para o gourmet.

Mas voltando à gula: é um pecado de preservação. É um pecado de quem resguarda sabores de outros tempos da sua vida. E, logo, de quem resguarda esses outros tempos, de quem tem também o sabor a memórias. Aliás pergunto-vos, que melhor para o fluir da memória de uma vida que o revisitar das refeições?

Eu mesmo lembrei-me de escrever este post depois de redescobrir um sabor de outro tempo. É - mesmo em coisas tão simples como línguas de gato, a gula se assume, a gula faz a sua função.



Não, eu sou um guloso. De todos os tipos e feitios. E a gula - como a preguiça - não me parece, realmente, o pior pecado...

quarta-feira, março 04, 2009

Momentos 10

António fazia rimar estilo com esquilo. Era um roedor garboso, direito, altivo, embora algo sorumbático, metido consigo mesmo.

Saltava de ramo em ramo com grande agilidade, e técnica perfeita, de capricho estético. Muitos admiravam essa agilidade, secretamente a invejavam. António devia estar consciente dessa admiração, mas talvez por isso mesmo não se misturava de igual forma com o resto dos esquilos. Permanecia altivo, isolado, artisticamente subindo pelos mais finos ramos.

Alguns esquilos atribuíam essa distância ao facto de ser afortunado, no que respeitava ao acasalamento roedor. Havia-se recentemente juntado com a magnífica Cora Esquila, a esquila de pêlo mais luzidio daquele bosque e arredores. "É um esquilo regalado", diziam entre si, em confissão. A muitos tinha Cora desfeito o pequeno coração de esquilo, e era para eles estranho vê-la com António, por mais que António fosse dos poucos a conseguir, não só nozes, mas também os frutos das árvores em que os havia.

Caía mal, no entanto, com o resto dos esquilos, aquela altivez. Porque parecia ainda mais desnecessária, considerando a benção - assim pensavam de Cora Esquila - que tinha conseguido. Para mais, era frequente ouvir António sussurrar, enquanto beliscava uma noz, um "otário..." ou "paravalhão" a um amador esquilo que se aventurava, sem sucesso, por um ramo mais fino.

Os outros esquilos não gostavam de ouvir isso, e trocavam entre si, justamente, essa descontentamento, nas tardes que passavam pela taberna do velho Marmota. Por vezes, a cerveja ajudava a aparecer mais lesto o azedume, e com ele uma maldição: "Diz que não come insectos, nem nozes caídas, só as nozes maduras e melhores frutos. Pois ainda um dia há-de cá vir pedir insectos, ou nozes para o Inverno, que a gente nesse dia diz-lhe como é que é".

Tudo isto o velho Marmota ouvia e guardava consigo em silêncio. Por vezes, enquanto estava recolhido a hibernar no Inverno, punha-se a pensar nestes ressentimentos, e como podiam os simples esquilos encontrar, no meio da placidez daquele bosque, tais rixas.

Pecado Original 32







Acho que perdi o medo de voar, definitivamente.

"- Janela ou coxia?"
"- Seio esquerdo, por favor."

terça-feira, março 03, 2009

Boa Acção do Dia 14

Veio a crise. Apesar da tua boa-fé, não podes senão clicar repetida e apaixonadamente nos links que eu coloquei para os Hotéis Pestana, para as Pousadas de Portugal*?

Não tem problema: apresento-te o conceito de 'Couch Surfing'. Para o viajante sem um tusto. Uma benção, realmente, para o tuga desenrrascado.

*Estão escondidos, mais abaixo.

segunda-feira, março 02, 2009

Eye Candy (But Life Is Sweet For Real)

Há uma coisa que eu não gosto no perdão - pode tornar-se um hábito. Pode-se ganhar o hábito de perdoar tudo, quase tudo, por mais que custe acreditar. E eu não gosto disso. Gosto de pensar que tenho a minha medida. Nem preto, nem branco - cinzento, o meu tom. E a maior parte das pessoas terá o seu, suponho.

Mas, para muitos, o perdão é apanágio dos fracos. O perdão é uma virtude bacoca, de alguém que não se assume. Nunca foi assim que eu nele pensei. Descontando os casos em que o não dispenso - segundo o tom - o perdão é um grande auxiliar à vida. Permite-nos não perder energia com a parte insignificante da vida, permite que não nos ceguemos por uma qualquer minudência. Permite que andemos em frente, e isso faz-nos muitas vezes pensar na vida como ela realmente é, sem espelhos, ilusões. O perdão ajuda a não estarmos cegos, e nesse sentido só pode ser atributo de um homem sábio - aquele que ama a vida, e o melhor que ela tem.

É que a vida tem mesmo muita coisa que ajuda a perdoar, que ajuda a não ficar cego. A vida vale a pena viver - vale a pena ver. Vale a pena perdoar.


Always

Pergunto-me quantos são os defeitos que notamos nos outros. Quantos pormenores, falhas, diferenças de nós mesmos. 'Tudo bem que eu isto e aquilo - mas aquilo nunca me aconteceu'.

As pessoas são pessoas - estão sujeitas a pressões, internas, externas, sobre as que podemos elaborar, adivinhar, mas estão - inevitavelmente - cheias de pequenos defeitos. Pelo menos aquelas que não têm grandes, sérios, defeitos.

Quantas figuras tristes vimos ou fizemos? Quantas inanidades? Quantas ofensas à inteligência? Foram muitas, concerteza. Mas, mesmo os mais cínicos devem ter por esta altura percebido, a 'sujeira' é uma moeda de que pouco serve no mundo que aí vem. Quem não é inteligente, ou sólido o suficiente para 'passar por cima' de alguns detalhes, ficará para sempre preso a uma outra realidade.

Mais importante será talvez, para o melhor e para o pior desse futuro, fazer uma análise honesta. Quais são os fios de algodão que nos prendem, e quais são os motivos de uma vida. Quais são os sonhos, as capacidades, e ousadias. Quem são as pessoas de quem nem vale a pena lembrar, e quem são as pessoas que, pelo meio de todas essas figuras, dichotes, pecadilhos, nunca saíram, realmente, do primeiro lugar da nossa mente.


domingo, março 01, 2009

O Jogo da Sedução

No outro dia fui jogar futebol de cinco.



E posso-vos dizer que não foi para meninas.

Como é que me saí? Bom, estranho um bocado a pergunta, mas... realmente confesso que estava um bocado perro. É possível que estivesse num nível uns furos abaixo do resto dos jogadores. Como? Sim... ainda eram uns quantos furos.

A propósito de furos, a seguir à enésima "cueca" dei comigo a reflectir nesta realidade: eu até conheço o perfume da bola, mas - lá está - ela passa tão rápido, que só fico a conhecer -lhe o perfume. Eu tenho a técnica toda, ela deve saber que sim. Tenho o toque de bola, quando quero, o passe, a desmarcação. Mas... ela não me liga muito. É assim uma mulher caprichosa, passa ligeira por mim, nem me dá tempo de inventar uma deixa. E fico só a olhá-la. Não me resta senão olhá-la, quando ela passa... linda, cheia de graça.



Mas é uma mulher que não me dá bola. Ou uma bola que não me dá conversa. Diz que não gosta de rapazolas imberbes e com barriga. É assim cruel comigo: não diz barriguinha, não usa eufemismos desses. É logo: barriga!

Face a esta rejeição, fica só um amor platónico. Involuntário, porém - que eu sou bastante aristotélico.

Para mais, diz que se dá bem com os outros jogadores, já os conhece há mais tempo, e eu sou ali um estranho, etc.. Tudo bem. Ainda assim, gostei bastante do jogo em si - foi um excelente exercício físico.

Depois, o melhor do meu futebol é aquilo que eu gosto de chamar - e que o Valdano deve ter escrito um dia, para o Luís Freitas Lobo citar enchendo os seus artigos - o 'jogo invisível'. À base da táctica. Gosto de defender, cortar linhas de passe, possibilidades furtivas, complicar o esquema dos atacantes. Em suma, trabalhar, suponho.

Uma das coisas mais interessantes que aprendi neste jogo foi fechar um passe para a entrada entre dois defesas, em coordenação com o outro defesa. Ora, a maior parte das pessoas acha isto aborrecido, mas encontro nisso uma certa beleza táctica, um perfume a futebol à italiana, de 'calcio', defesa sólida, inteligente.

Quanto ao resto, quanto ao meu 'jogo visível'... bom, diria que, bastantes vezes, era melhor que fosse invisível. Ainda assim, lá estive, a aprender com quem sabe. E deu para marcar um golo em defesa da honra - nada mau.

Mas a evolução é sempre possível. Melhorar é inevitável para quem se esforce. E... aprender a seduzir uma bola não deve ser assim tão diferente de aprender a seduzir uma mulher. É só preciso gostar dela acima de qualquer outra coisa, naquele momento.