sábado, março 01, 2008

(Exams/I&D Project)^2weeks

Nestes dias em que travar batalhas contra o tempo é das poucas coisas que sabemos e podemos fazer, existem sempre pequenos prazeres, pequenas agonias, desesperos, dores de corpo e outras;

Vontades de vençer e ... desistir.
É curioso o desiquilíbrio de humores que nos caracteriza, que nos puxa e confunde as opções. Não há mundo mais triste do que aquele em que só uma direcção importa, em que não há crédito à criatividade, imaginação, experimentação, troca e partilha de ideias, aceitação da vitória e da derrota, mas por outro lado é muitas vezes esse mesmo mundo que permite a sustentação do avanço que todos querem, mas pelo qual poucos lutam.
O isolamento, o trabalho constante, o sacrifício, capacidade de luta, persistência, perseverança, a luta contra a dor física e a exaustão, e claro a significância, tem tudo de ter um significado. Para muitos somente chegar ao fim e sobreviver, para outros aprender e evoluir.
São as leis da terra a oporem se às leis do homem, ambas com força desmesurada a puxarem o melhor de nós, muitas vezes ao limite da sanidade.
Muitos dizem que as leis da terra não podem ser vencidas, outros que as do homem não podem ser quebradas.

Resta nos então apreciar o melhor trabalho alguma vez feito por ambas.



Ps.


quinta-feira, fevereiro 28, 2008

Brb

Dois dos autores deste blog estarão impedidos de dar o seu contributo a este projecto nos próximos dias. Levamos o nosso terceiro colega espiritualmente no "giro" planeado. Onde vamos? Pela estrada que passa ao café do Caniço e à mercearia da Ti Lourdes, como quem vai para a Chamusca ou Lagoa da Palha. Depois é sempre em frente, passar a duas aldeias ainda granditas, para lá chegar. Tá aqui o mapa.


Diz que tem boa couve - da lombarda. A seguir é andar mais para baixo e perguntar pelo Miguel e pelo Leonardo, que eram dois gajos porreiros, trabalhavam nas obras, não sei se ainda serão vivos.

Seguramente haverá algo a trazer para o Generosità, como "souvenir". Até já.

Da Paranóia

O problema que se afigura ao paranóico, ao conspirativo, surge quando ele acerta (ou pensa que acerta) uma em dez. Essa vitória suprema, inusitada porque nenhum dos pares "relaxados" a previam, dá-lhe energia para mais dez. Ou vinte. Ou trinta.

Q-max? Já não me lembro da Física...

Diz-me um amigo que anda a fazer "Q-máx". Surpreendido, pergunto por esclarecimentos. Parece que se tem entretido a dar socos a um saco de boxe (o Q-max é aquilo que antigamente era chamado "dar socos a um saco de boxe"). Vendo-o aos socos, nesses trabalhos, perante o saco de boxe, com o seu físico... parecido com o meu!, não resisto a perguntar por entre os risos: "Então e quem é que venceu?".

É por estas e por outras que ninguém aparece nas minhas festas de anos (mas ao menos resisti ao link para o Rocky).

No fundo, é também uma auto-crítica à minha própria inércia, que não faço desporto condignamente há meses. É melhor começar com um Q-min..

Reading List 1


"Ensaios sobre Eça de Queirós", de Maria Filomena Mónica.

Há sempre Eça sobre o que escrever. Há sempre análise psicológica a ser tentada sobre o analista distinto. Subsiste a pergunta: porque morreu Eça tão só e desiludido em Paris, que era o seu sonho? Amava verdadeiramente o seu país? Luzes sobre a célebre polémica com Pinheiro Chagas (por quem fiquei com mais consideração). Quem eram os amigos de Eça? Teve algum amigo de verdade, íntimo?

Eis (interessantes) ensaios sobre um personagem com tudo para nos fascinar. Eis nova luz sobre Eça como o foi realmente: misterioso, contraditório - brilhante.

Nós

E nós, portugueses? E nós, as nossas pequenas memórias? Vão deixar que as levem políticos que ofendem a nossa inteligência, cinismos profissionais, globalizações, guerras longínquas tão próximas? Vão?

Engraçado - eu não.

Grazie Italia - Noi II

Grazie Italia - Noi I

Há tanto que eu procurava algo assim. Obrigado, Itália. Tens os teus defeitos (sabemo-lo bem) mas o "cuore" é o "cuore", e quem com ele nasce nada pode fazer. Talvez, quem sabe, em Portugal, eu esteja menos sozinho do que penso.

terça-feira, fevereiro 26, 2008

Google - Translate "Yes We Can" - Enter

"Yes we can" (YWC) escolheu a campanha de Obama como "moto" oficial. Logo diz Veltroni, em Itália: "Si può fare". Repete Sócrates, entusiasmado, "Nós vamos conseguir!" numa conferência. E também Zapatero, a propósito do post do PGuerra, anda em "estilo Obama" (a ler aqui), embora face ao seu "Defender la alegría", mais valia, apesar de tudo, ter traduzido o YWC...

Eis a globalização da idiotice. De repente, lembro-me de um cartoon de Gary Larson, em que Deus está a "cozinhar" o mundo, e cede à tentação de adicionar uns pózinhos de idiotas, "só para fazer as coisas interessantes...".

(The Far Side®, by Gary Larson)

Espanha

Fiquei triste. Há 15 anos que não se realizava um debate entre dois candidatos a presidente em Espanha. Ontem foi o primeiro round, para a semana haverá outro.
O PP espanhol é um partido em que me revejo, e que desejava que houvesse em Portugal. Há 4 anos foi apeado do poder por um cruel atentado e agora chegara a altura de tentar recuperar algo da ilusão perdida. Rajoy não é um candidato entusiasmante, mas eu particularmente não desgosto, se bem que há quatro anos tivesse preferido um Rodrigo Rato. Mas os tempos eram dificeis, e para aguentar o barco talvez Rajoy fosse o indicado, não contesto.
Ontem, Zapatero não perdeu, o que na conjunctura actual significa que a 9-M vai ganhar. A menos que haja um forte atentado da ETA para o PP capitalizar, o "bambi" continuará mais 4 anos no poder.