segunda-feira, outubro 27, 2008

Um Homem Perplexo

Sempre que oiço Freitas do Amaral falar, oiço-o dizer-se perplexo com algo. E o que é extraordinário é que eu nunca lhe nego a razão, em termos substantivos. Freitas, porém, parece-me ter errado algumas vezes na sua vida pela própria boa-fé. Crê na boa-fé também nos outros. No seu sentido de dever. Numa certa... normalidade das coisas. Numa ordem.

Parece-me um homem para quem a Amizade, a Família, o Dever, são, de facto, valores sine qua non. Tomados por adquirido. Terá talvez crido, na sua vida, que a sua inteligência, educação, e dedicação bastariam, que trabalharia em prol de um todo, que estaria consigo em sintonia, e que lhe seria grato...

Um erro, de facto. Não posso deixar de sentir alguma pena por o mundo trucidar, tantas vezes, gente inteligente, generosa, e com um código de Amizade a reger as suas acções.

Que pena, realmente. E é por isso que eu, não querendo partilhar de seus erros, percebo perfeitamente como fica perplexo com a realidade Freitas do Amaral.