Mourinho deseja como próximo campeonato o italiano. Entre Macini, Ranieri e Ancellotti, certamente um deve ceder até ao final da época, abrindo o espaço. E eu, desde logo, estou curioso em saber como será Mourinho, no seu falar (propositadamente) desleixado, a dar a volta a uma língua rigorosa e estruturada. Ah, e depois há o sotaque. Apostas em que Mourinho vai ceder às exigências de estilo e deixar o fato-de-treino e a barba de 3 dias? Bom, o fato-de-treino pelo menos.
Agora, Mourinho deve pensar bem a transiçao para Itália. Nao está em causa a sua capacidade, de todo (embora eu esteja longe de ser um fa - sim, sim a lusa inveja, mas há ali todo um estilo que nao é o meu, e um futebol que muito menos). Deve perceber que em Itália nao vale a abordagem Chelsea. Se ele ficava irado com as (excepcionalmente raras) ambiguidades do futebol inglês, entao nem quero pensar no que lhe passará na italiana pátria da ambiguidade (é certo, safou-se na portuguesa - mas aí estava em vantagem).
E depois, nao menos importante, a sua abordagem psicológica. Mourinho escusa de tentar jogar ali com os media como fez em Portugal e Inglaterra, escusa de tentar truques psicológicos - nao se pode ensinar a missa ao padre...
Se Mourinho for para Itália, fica aqui a minha aposta num estilo totalmente diferente - que o homem é inteligente o suficiente para o perceber. Tem de ser muito mais "low-profile", nao terá outra hipótese. Nao é com ingleses que lida. Nao terá a mesma liberdade. Nao terá a mesma segurança.
Ele é que sabe. Pessoalmente, espero pelo tal sotaque preguiçoso numa nova versao. Aliás, repito, espero todo um novo Mourinho. Mas como digo, vai ser mais complicado do que pode agora prever. E eu já achava estranho ouvi-lo dizer, todo Camoes-homem-do-mar, aos velhos do Restelo, que ia para Londres sem chorar as saudades do peixe grelhado ou outras fátuas lusitanidades. Mas... passado uns mesitos lá estava ele a dar um balúrdio por uma casa em Ferragudo, porque era o local de férias de infância. E eu a rir-me sozinho.
Apesar das egotices idiotas (que isso de jogar à bola é quase neurocirurgia) e daquilo com a camisola do Rui Jorge, se fores, "buona fortuna". Sendo português, sou sempre "tiffosi" (pena que nao tenha havido a mesma cortesia com Ronaldo e Peseiro). Agora, com cuidado, que em Itália nunca é pouco. Mas, valha a verdade, maior desafio nao existe.
Agora, Mourinho deve pensar bem a transiçao para Itália. Nao está em causa a sua capacidade, de todo (embora eu esteja longe de ser um fa - sim, sim a lusa inveja, mas há ali todo um estilo que nao é o meu, e um futebol que muito menos). Deve perceber que em Itália nao vale a abordagem Chelsea. Se ele ficava irado com as (excepcionalmente raras) ambiguidades do futebol inglês, entao nem quero pensar no que lhe passará na italiana pátria da ambiguidade (é certo, safou-se na portuguesa - mas aí estava em vantagem).
E depois, nao menos importante, a sua abordagem psicológica. Mourinho escusa de tentar jogar ali com os media como fez em Portugal e Inglaterra, escusa de tentar truques psicológicos - nao se pode ensinar a missa ao padre...
Se Mourinho for para Itália, fica aqui a minha aposta num estilo totalmente diferente - que o homem é inteligente o suficiente para o perceber. Tem de ser muito mais "low-profile", nao terá outra hipótese. Nao é com ingleses que lida. Nao terá a mesma liberdade. Nao terá a mesma segurança.
Ele é que sabe. Pessoalmente, espero pelo tal sotaque preguiçoso numa nova versao. Aliás, repito, espero todo um novo Mourinho. Mas como digo, vai ser mais complicado do que pode agora prever. E eu já achava estranho ouvi-lo dizer, todo Camoes-homem-do-mar, aos velhos do Restelo, que ia para Londres sem chorar as saudades do peixe grelhado ou outras fátuas lusitanidades. Mas... passado uns mesitos lá estava ele a dar um balúrdio por uma casa em Ferragudo, porque era o local de férias de infância. E eu a rir-me sozinho.
Apesar das egotices idiotas (que isso de jogar à bola é quase neurocirurgia) e daquilo com a camisola do Rui Jorge, se fores, "buona fortuna". Sendo português, sou sempre "tiffosi" (pena que nao tenha havido a mesma cortesia com Ronaldo e Peseiro). Agora, com cuidado, que em Itália nunca é pouco. Mas, valha a verdade, maior desafio nao existe.