quinta-feira, novembro 08, 2007

Bom Entendedor

Senti-me ofendido com uma pessoa por algo que eu soube ter dito há alguns dias. Ontem falámos e, num mero pormenor de conversa, ela pediu desculpa – tinha-se enganado. Não insisto no tema, não desenvolvo. Não relevo o começo nem celebro o fim. Percebo o tanto que significa essa nota na conversa. Aceito, desculpo, sigo em frente. Não se abordará mais o tema. Nem, realmente, eu tinha mudado antes o meu comportamento em relação a essa pessoa.

Não tenho temperamento para remoer mais as coisas, para ser irrazoável. Se me pedem desculpa, mesmo tão subtilmente, eu aceito, sem mais. Contas saldadas. Pratos limpos. “Tabula rasa”. Só não abdico da satisfação interior, do orgulho tácito de “bom entendedor”.