Um intenso prazer que tenho, e nem sempre me lembro dele, é o de tratar com pessoas bem-educadas. Às vezes a baixeza banaliza-se de tal forma que até me esqueço. Positivamente, desfaço-me perante alguém que tenha, mais além da presunçao de inteligência (qualquer mendigo a reclama), uma certa gentileza no trato. Faz-me lembrar o país que eu pensava existir antes, aquilo que os meus pais diziam ser a regra, o correcto. Faz-me lembrar o Portugal do campo, no seu melhor, a sua beleza humana.
Apesar de tudo, nao estou disposto a deixar de tentar a abordagem educada. Nao estou disposto a ser o "otário" desses chico-espertos. Eles, os puros, os autênticos, que gostam de "épater le bourgeois". Ah... eu sei que eles nem falam com os pais em casa, que piam piano. Que eles nao têm sonhos porque nao têm sequer coragem. Que na posse, material, mesmo sobre o outro, procuram afastar a depressao... Por detrás da delinquência está sempre a depressao...
A eles, que nao conhecem mais mundo que o futebol, as motas, ou as "gajas", nao podemos deixar que ditem as regras. Jamais.
Apesar de tudo, nao estou disposto a deixar de tentar a abordagem educada. Nao estou disposto a ser o "otário" desses chico-espertos. Eles, os puros, os autênticos, que gostam de "épater le bourgeois". Ah... eu sei que eles nem falam com os pais em casa, que piam piano. Que eles nao têm sonhos porque nao têm sequer coragem. Que na posse, material, mesmo sobre o outro, procuram afastar a depressao... Por detrás da delinquência está sempre a depressao...
A eles, que nao conhecem mais mundo que o futebol, as motas, ou as "gajas", nao podemos deixar que ditem as regras. Jamais.