quinta-feira, setembro 06, 2007

As Mulheres

Hoje ao almoço: "E entao a senhora A., ao balcao disse que era professora. B., a seguir a ela, apresentou-se também dizendo que era professora, mas professora universitária. A. nunca admitiu que tinha sido por isso, mas depois foi tirar um mestrado, tornou-se professora num Politécnico e chegou mesmo a gerir o Politécnico."

Judite de Sousa, hoje no questionário-Proust do Jornal de Negócios: "As relaçoes entre mulheres sao muito hobbesianas"... Relembrar somente que Thomas Hobbes é o anti-Rousseau na sua concepçao sobre a natureza humana, que ao contrário da opiniao do francês com seu bom rebelde, seria má na origem. É a sociedade que a faz suportável, mesmo divina, pelo contrato social, (outra vez a chatear Rousseau) da vida em sociedade, minorando assim as consequências negativas de guerras internas. É tudo, diria eu, uma questao de Teoria de Jogos, de somas nao-nulas.

Isto tudo para realçar que, realmente, por mais que nos queixemos da maldade masculina, a crueldade entre mulheres é, na minha opiniao, igualmente clara, embora no modo de guerra fria. E dura muito mais no tempo... Quando os homens já estao casados, discutindo futebol, suas vidas definidas e laços de amizade serôdia criados, elas ainda têm gélidos comentários entre si.

É brilhante, pois, esta frase de Rui Zink, no livro "Luto Pela Felicidade dos Portugueses" que li este Verao (vantagens de ser intelectualmente omnívoro), sobre as mulheres: "É um princípio marxista: o capataz vem sempre da classe explorada, nunca da classe exploradora".