Com o advento da luz, da televisao, das estradas, do telemóvel, da Internet, todos estamos mais "linked", mais interligados, mais interdependentes enquanto sociedade. A desvantagem, a meu ver, é a perda de uma certa noçao de tempo. Primeiro do tempo sazonal, exactamente devido a essas mudanças na sociedade (dizem que também devido ao aquecimento global). Depois, do tempo horário, da regularidade biológica para os nossos corpos. As horas a que nos deitamos variam, a que nos levantamos também. A nossa vida tem uma componente de variaçao e entropia muito grande. Ser adulto é nao já uma questao de regularidade, mas antes saber como reagir, no imediato, a uma irregularidade que se apresente. Longe os dias do "deitar cedo e cedo erguer", do tal país paternalista e rural.
Surge entao o hábito como uma espécie de possibilidade de disciplina cronológica das nossas vidas. Quer dizer, a repetiçao litúrgica de um acto, ao ser assimilada pelo inconsciente e tornada intuitiva passa a ser marco cronológico na vida. Assim, por exemplo, se repetirmos muitas vezes o acto de levantar uma hora antes de sair para ler, fá-lo-emos automaticamente dentro de pouco tempo. O hábito surge, antes de mais, da nossa vontade. Algo na religiao e a sua importância na vida das pessoas terá certamente que ver com a noçao de hábito. Rezar antes de dormir, ir ao domingo à Igreja, ou nao trabalhar ao sábado sao hábitos, e os nossos cérebros vao assumir esse marco para a contagem de tempo do inconsciente.
A beleza do hábito é que nos permite delinear projectos de vida. Assim, se nós tivermos o hábito de ler ou estudar, por puro prazer, teremos a vida facilitada. Se tivermos o hábito de fazer desporto, existirao menores probabilidades de desenvolvimento de uma série de patologias. Se tivermos o hábito de pensar um pouco cada dia e permitir espaço para a autocrítica, seremos melhores pessoas no relacionamento com os outros. Como se diz na velha frase "primeiro nós fazemos os nossos hábitos, depois os nossos hábitos fazem-nos a nós". A vida fica muito facilitada pelo desenvolvimento de bons hábitos.
Como um (desconhecido, para mim) escritor escocês Samuel Smiles escreveu:
Surge entao o hábito como uma espécie de possibilidade de disciplina cronológica das nossas vidas. Quer dizer, a repetiçao litúrgica de um acto, ao ser assimilada pelo inconsciente e tornada intuitiva passa a ser marco cronológico na vida. Assim, por exemplo, se repetirmos muitas vezes o acto de levantar uma hora antes de sair para ler, fá-lo-emos automaticamente dentro de pouco tempo. O hábito surge, antes de mais, da nossa vontade. Algo na religiao e a sua importância na vida das pessoas terá certamente que ver com a noçao de hábito. Rezar antes de dormir, ir ao domingo à Igreja, ou nao trabalhar ao sábado sao hábitos, e os nossos cérebros vao assumir esse marco para a contagem de tempo do inconsciente.
A beleza do hábito é que nos permite delinear projectos de vida. Assim, se nós tivermos o hábito de ler ou estudar, por puro prazer, teremos a vida facilitada. Se tivermos o hábito de fazer desporto, existirao menores probabilidades de desenvolvimento de uma série de patologias. Se tivermos o hábito de pensar um pouco cada dia e permitir espaço para a autocrítica, seremos melhores pessoas no relacionamento com os outros. Como se diz na velha frase "primeiro nós fazemos os nossos hábitos, depois os nossos hábitos fazem-nos a nós". A vida fica muito facilitada pelo desenvolvimento de bons hábitos.
Como um (desconhecido, para mim) escritor escocês Samuel Smiles escreveu:
"Sow an thought, and you reap an act;
Sow an act, and you reap an habit;
Sow a habit and you reap a character;
Sow a character and you reap a destiny."
Sow an act, and you reap an habit;
Sow a habit and you reap a character;
Sow a character and you reap a destiny."
Eis, pois, como cada qual, na minha opiniao, faz o seu destino - com a vontade e disciplina de manter um hábito.