quinta-feira, setembro 11, 2008

Et Semper Idem

Passam hoje 7 anos desde o 11 de Setembro de 2001. 7 anos. Parecem já 7 anos? A mim não. Mas eu sei que foi um princípio, um princípio de uma história que pode nunca acabar mesmo. Quando os EUA chegarem ao cabecilha odiado, qual medusa, outros surgirão. Não há um inimigo claro. E isso, na história da Humanidade, coloca-nos em confronto com uma guerra cega. Uma guerra em que sofremos - todos de alguma forma sofremos, embora muito mais os americanos - sem antevisão clara do fim. Não parece ser possível uma vitória absoluta. Quando se pensava que a guerrilha era o grau zero da guerra, o terrorismo puxou dos galões. É o terrorismo o grau zero da guerra. É um inimigo difuso, e pior, um inimigo potencialmente inderrotável. O que adia indefinidamente aquilo que caracterizou outras guerras: o fim - essa redenção colectiva, essa harmonia e aproximação, essa paz. Assim... assim está sempre lá - no inconsciente, a existência gravíssima de um conflito.

Detesto, abomino assumir esta postura mais pessimista, mas seria desonestidade intelectual não o fazer: esta é uma guerra que não nos dará paz tão depressa. Em todos os sentidos da expressão.