quinta-feira, julho 31, 2008

Moutinho/Barroso F.C.

A situação de Moutinho no Sporting lembra-me bastante a de Durão Barroso, quando saiu para a União Europeia. Em ambos os casos há uma justificação qualquer, que não o próprio egoísmo (as dificuldades financeiras de Moutinho, a importância para Portugal de um Presidente da Comisão Europeia português), que não a verdade também de que preferem ser príncipes - ou lacaios - lá fora, a serem reis no seu país, o que é um elemento importante de análise.

A ambos voto o mesmo castigo: o da memória. Da mesma forma que acho inaceitável que o capitão e, recentemente, a cara de todo o marketing do Sporting, se vá assim - porque quer - achei inaceitável que Durão Barroso deixasse o país como se nada fosse, como se não tivesse responsabilidades maiores que qualquer putativa influência portuguesa algures na burocrática Europa. Se for, eu não desculpo Moutinho. Da mesma forma que não votarei em Barroso. Vale de pouco ou nada? Vale o que vale. Todas as coisas consideradas, ficar com €20 milhões por um trinco e dispensar um primeiro-ministro até então de qualidade média não é incontornável. Se dá pena? Dá. A ingratidão é feia. Mas ninguém morre por causa disso.