quarta-feira, outubro 17, 2007

Più Bella Cosa Non C'è (Até Amanha)

Uma das coisas boas do meu curso, nao sei se por ser de Ciências Farmacêuticas, se por ser na Lusófona... Esperem, antes que continue. Falo de gente gira, declaro-o já. A Lusófona tem fama de ser local de gente gira e burra? É o estereótipo. Se o desconhecido com quem falo está de bom humor, entao "nao é bem assim - há de tudo". Se nao está, parte dessa premissa e esconde o desprezo como pode.

Bom, mas suponhamos que é. Há gente gira na Lusófona, é um facto. Mas também há gente (a maioria) aviltantemente normal e desconcertantemente... feia. Soubessem eles escrever em blogs, ninguém o notaria.

Mas vamos ceder ao estereótipo. Há gente gira na Lusófona. Vamos "narrow down" ao que interessa: há miúdas giras na Lusófona (e por toda a parte - mais bela praga nao conheço). E, sendo Ciências Farmacêuticas um curso maioritariamente feminino (pautado por alguns apreciadores de beleza feminina, alguns efeminados, e pobres normais que pensam sabe Deus em quê), a coincidência nao podia dar noutro resultado. Pois é - o meu curso tem algumas miúdas bastante giras.

Só há uma coisa mais irritante que essa beleza desconhecida a tantos. É ser desconhecida a mim. Porque sou uma série de coisas, nao sou uma série de coisas, nao sei fazer uma série de coisas, e recuso-me a fazer uma série de coisas. Assim de específico.

Nao é algo que me apoquente por aí além. É óbvio que o que é óbvio é óbvio. Mas também tenho (deve ser o último, com um amigo mais perto deste texto que o que parece) genuíno apreço pelas mulheres enquanto seres humanos. Gosto de falar com mulheres. Gosto da atençao que algumas (sim, algumas - mas mais algumas que alguns) prestam à inteligência, cultura, conversaçao, sensibilidade e educaçao. Fora de moda? As modas voltam.

Bom, mas por genuíno apreço pode-se ler também curiosidade por conhecê-las - sim, só mesmo conhecê-las. Fazer a triagem além do "look". Mas é difícil, reconheça-se. Quando num curso assim alguém espirra, ouvem-se dezenas de "santinho". "Obrigado..."

Mas, volto ao início, essa conjunçao de, bom - de mulheres, cria situaçoes engraçadas. Uma delas é que estou sempre a ver a "mais gira do curso". Descontemos o meu ano, há quatro mais. Ainda hoje pensava para comigo como é possível que X seja assim tao, sei lá, tao inebriante, intensa. Eis quando entra pelo café adentro Y, e eu e o outro amigo quase caindo ao chao. Mas... como é que isto é possível? "Mais gira do curso" digo, esquecendo X. "É, nem há dúvida. É muita gira.", confirma o meu amigo.

A crueldade da história é que este vosse espantado cronista nao usa X ou Y para protecçao de privacidade. Ele nao sabe mesmo o nome de X, nem de Y. Nem da "mais gira do curso" a entrar pelo café amanha.