Por outro lado, sendo o corpo o elemento central, como foi dito, é a sua vertente repugnante que é ali tratada Não é de beleza, de movimentos cénicos, de todo o píncaro físico do organismo que trata o hospital – pelo contrário, depara-se com todos os aspectos da sua decadência. E, por arrasto, com os efeitos psicológicos dessas mazelas físicas.
Assim, no hospital é-se confrontado com o a prostração, a corrupção do organismo, o exaurir inevitável, o bizarro, com tudo aquilo que é, por cada qual, escondido.
Aqui o corpo não deixa criar ilusões quanto às suas imperfeições, quanto às sua fragilidade, quanto aos seus vícios… E quanto ao seu fim – que o corpo tem um fim marcado, porquanto o neguemos, tal não pareça assim na vida moderna, que nos convida a desfilar egotisticamente por um mundo de superfícies, falso. Quem vive num hospital sente essa profundidade todos os dias.