sexta-feira, março 14, 2008

A SuperVisão

Os nossos pais têm sempre necessidade de produzir, nas suas mentes, uma qualquer teoria daquilo que se passa connosco. Têm as etapas da vida decoradas na sua memória e tentam adivinhar quais são aquelas que estamos a viver. Normal. Às vezes podem mesmo confrontar-nos com essa opinião, uma espécie de "eu sei, eu sei, o que estás a passar. Não te deslumbres com isso que depois são importantes outras coisas". Mesmo que eles próprios se tivessem deslumbrado com isso, malgrado os erros que eles próprios tenham cometido, mais ou menos graves, e que o Tempo comeu.

Esta visão, da sua parte, daquilo que é o nosso desenvolvimento, quando explícita, passa a supervisão. Para o caso de nós pensarmos que andamos a descobrir a pólvora, sem antes ter disparado um cartucho seco.

Mas são tantas as variáveis novas, como o são as verdades sobre aquilo com que lidamos e que guardamos para nós mesmos. A análise dos pais peca sempre por não ter tudo em consideração.

Ficamos sempre divididos, pois é deles a boa-intenção, e estamos em idade em que julgamos mal em causa própria. Embora, na intensidade do momento tudo soe a controle em excesso.