Há alturas em que em torno tudo parece árido ("Welcome to the desert of the real"). Parece não haver gente, juventude - verdadeira juventude (e eu sei ver a diferença). As ruas e os espaços parecem todos esvaziados de vitalidade, de virtude - de futuro. Como se, pior que a incerteza com o presente, fosse a incredulidade num melhor futuro, numa espécie de projecto. Nada de bom pode vir daí, claro. Quando a sociedade só pensa em repartir o que há em vez de criar mais, quando os mais velhos se demitem e os mais novos não se afoitam, nada de bom pode vir daí.