Talvez eu seja um pessimista crónico. Talvez. Mas eu gosto mais de me chamar realista informado, ou culto, se tal me for permitido. Isto serve para falar do Amor.
Suspeito que nao há Amor, daquele verdadeiro e louco, sem ingenuidade, e sem uma certa humildade relativamente à vida de cada parceiro. É fácil perdê-las, hoje em dia. Cada vez mais fácil, olhando para a quantidade de coisas materiais que possuímos. Quanto mais ricos, mais arrogantes - quanto mais arrogantes mais egotistas, e quanto mais egotistas menos dispostos ao compromisso. E o Amor é uma coisa mágica que anda à volta do compromisso.
Feita a emancipaçao, as regras estao ali, claríssimas para todos. Tudo uma questao de domínio ou co-domínio. Sempre foi assim, sempre será.
De repente, apalpam-se os bolsos nervosamente, e já nao estao lá aquela pura inocência, o sonho ingénuo - e, com eles, a capacidade de compromisso a um Amor juvenil insano. Se calhar nao existem, esses amores. Às tantas as tais regras sao percebidas muito mais cedo que o que eu penso. E ainda assim... é pena. Porque ali há algo de secreto, único e diferente. Basta um mero descuido, basta nao resistirmos ao mudar de ventos, e toda a possibilidade desaparece. Somos entao adultos. Que bom.
A jusante as regras sao implacáveis, embora o prazer seja maior, e mais natural o caminho. Inevitável, dirao alguns. Mas a montante brilha um amor juvenil, puro, intenso e louco. A montante está algo mais que mero humano. Ah, e ter coragem de viver a montante, se todos nos puxam para jusante? Talvez a culpa seja nossa, no final. Talvez nao pertençamos a montante. Que pena. Verdadeiramente, que pena.
Suspeito que nao há Amor, daquele verdadeiro e louco, sem ingenuidade, e sem uma certa humildade relativamente à vida de cada parceiro. É fácil perdê-las, hoje em dia. Cada vez mais fácil, olhando para a quantidade de coisas materiais que possuímos. Quanto mais ricos, mais arrogantes - quanto mais arrogantes mais egotistas, e quanto mais egotistas menos dispostos ao compromisso. E o Amor é uma coisa mágica que anda à volta do compromisso.
Feita a emancipaçao, as regras estao ali, claríssimas para todos. Tudo uma questao de domínio ou co-domínio. Sempre foi assim, sempre será.
De repente, apalpam-se os bolsos nervosamente, e já nao estao lá aquela pura inocência, o sonho ingénuo - e, com eles, a capacidade de compromisso a um Amor juvenil insano. Se calhar nao existem, esses amores. Às tantas as tais regras sao percebidas muito mais cedo que o que eu penso. E ainda assim... é pena. Porque ali há algo de secreto, único e diferente. Basta um mero descuido, basta nao resistirmos ao mudar de ventos, e toda a possibilidade desaparece. Somos entao adultos. Que bom.
A jusante as regras sao implacáveis, embora o prazer seja maior, e mais natural o caminho. Inevitável, dirao alguns. Mas a montante brilha um amor juvenil, puro, intenso e louco. A montante está algo mais que mero humano. Ah, e ter coragem de viver a montante, se todos nos puxam para jusante? Talvez a culpa seja nossa, no final. Talvez nao pertençamos a montante. Que pena. Verdadeiramente, que pena.