Oiço pessoas da minha idade a dizerem-me que vão procurar casa. Fico sempre na dúvida sobre a inteligência dessa opção. É por isso que gosto de ouvir o que dizem os especialistas.
Diz o Zé Conseguido: 'Tens que sair da casa de teus pais para te realizares enquanto pessoa. Ganhares o teu dinheiro, ires onde quiseres, quando quiseres, sem dares justificações. Sabes aquele sentimento em que tu nem sais de casa porque isso vai preocupar, aborrecer a tua mãe? Essa capacidade de te limitares a ti mesmo? Isso desaparece tudo. Vais ver que estás num mundo novo, que nem podes agora conceber. Sentes-te livre. E depois trabalhas, envolves-te com outras pessoas - evoluis. Em casa dos teus pais desleixas-te, habituas-te, entras em vícios domésticos. Depois olhas para trás, quando tens 30 anos e pensas que erraste seriamente nas tuas escolhas, que desperdiçaste uma parte da tua juventude - e da tua vida.'
Diz o Rui Conforto: 'Mas para que queres tu deixar a casa dos teus pais para te meteres num apartamento pior, com vizinhos barulhentos? Para além de que, nesse caso, vais precisar mesmo a sério do dinheiro que ganhares. E ganhá-lo, como deves perceber, não anda mesmo nada fácil nestes dias. Tens que ceder o teu projecto pessoal, agarrar um emprego que será difícil, quem sabe com um patrão menos agradável. Se calhar passas a comer pior que em tua casa, a ter até menos dinheiro disponível, a amaldiçoar a tua vida. Para quê? Para poderes ir ao Lux sem que os teus pais te chateiem? Se calhar tu, com inteligência, até os ajudavas em qualquer coisa, e terias mais liberdade. E, quem sabe, conhecias mais gente, até podias namorar mais. Não vás nessa ilusão de sair para escapar a regras - vais apenas cumprir regras diferentes, nada mais.'
E agora? Quem tem razão? O Zé Conseguido ou o Rui Conforto? Eis a questão.
Diz o Zé Conseguido: 'Tens que sair da casa de teus pais para te realizares enquanto pessoa. Ganhares o teu dinheiro, ires onde quiseres, quando quiseres, sem dares justificações. Sabes aquele sentimento em que tu nem sais de casa porque isso vai preocupar, aborrecer a tua mãe? Essa capacidade de te limitares a ti mesmo? Isso desaparece tudo. Vais ver que estás num mundo novo, que nem podes agora conceber. Sentes-te livre. E depois trabalhas, envolves-te com outras pessoas - evoluis. Em casa dos teus pais desleixas-te, habituas-te, entras em vícios domésticos. Depois olhas para trás, quando tens 30 anos e pensas que erraste seriamente nas tuas escolhas, que desperdiçaste uma parte da tua juventude - e da tua vida.'
Diz o Rui Conforto: 'Mas para que queres tu deixar a casa dos teus pais para te meteres num apartamento pior, com vizinhos barulhentos? Para além de que, nesse caso, vais precisar mesmo a sério do dinheiro que ganhares. E ganhá-lo, como deves perceber, não anda mesmo nada fácil nestes dias. Tens que ceder o teu projecto pessoal, agarrar um emprego que será difícil, quem sabe com um patrão menos agradável. Se calhar passas a comer pior que em tua casa, a ter até menos dinheiro disponível, a amaldiçoar a tua vida. Para quê? Para poderes ir ao Lux sem que os teus pais te chateiem? Se calhar tu, com inteligência, até os ajudavas em qualquer coisa, e terias mais liberdade. E, quem sabe, conhecias mais gente, até podias namorar mais. Não vás nessa ilusão de sair para escapar a regras - vais apenas cumprir regras diferentes, nada mais.'
E agora? Quem tem razão? O Zé Conseguido ou o Rui Conforto? Eis a questão.