Necessariamente, Gato Fedorento. Escolha repetida, bem sei. Mas a minha, ainda assim. Foi o programa mais influente ao longo do ano. Não existe ali o humor genético de Herman, nem o seu "one man show", mas vale a pena, apesar de tudo. O que eu acho na análise dos Gato Fedorento é que existe uma conjuntura que os ajuda. Um sucesso é sempre maior se em seu redor as pessoas não têm grande optimismo. Depois, esta sociedade de repetição favorece-os, estranhamente. Os seus sketches são repetidos "ad nauseum" na net, e na própria televisão. Mas acontece que estão bem feitos, têm uma certa qualidade que os faz resistir a essa repetição. Ao dedicarem-se a fazer cada pequeno projecto com qualidade, a re-visão traz às vezes um pormenor que se não notou, uma noção de qualidade superior à que se teve com o primeiro visionamento. Não os acho brilhantes - não podem ser porque são consensuais, não fazem ondas. Mas, numa "arte" muito volátil, cheia de "picos", souberam manter um registo constante bastante bom. O próprio Eduardo Cintra Torres, que os declarou acabados com o "Diz Que É Uma Espécie De Magazine", teve que dar o braço a torcer e elegê-los para o melhor de 2007.
Pessoalmente, gosto também muito de rever os Friends, para mim a melhor série de sempre. De resto, valeram a pena algumas entrevistas de Mário Crespo e Ana Lourenço (faz falta João Adelino Faria) na Sic Notícias. É justo mencionar tão bem alguns Prós e Contras, no início do ano. Por grande mistério, o programa tornou-se muito menos interessante com o passar do ano. Alguns pormenores interessantes no RTP Memória, cuja programação me parece sempre algo inconstante.
No global, acho a televisão portuguesa muito pior que há 5, 10 anos. Menos filmes e documentários de qualidade (saudades da melhor RTP2, do "Lugar da História", do "5 noites, 5 filmes"). E parece que mesmo o cabo não salva a coisa. Não sou grande fã das novas séries "Grey's Anatomy", "House" (cujo conceito de Medicina me repugna), etc. Falta inteligência (sim - mesmo ao House), verve (sim - mesmo ao House), falta originalidade. Não só as banalidades de "boy meets girl". Falta uma espécie de novo "X-Files". Faltam séries "de culto", não só de massas.
Pessoalmente, gosto também muito de rever os Friends, para mim a melhor série de sempre. De resto, valeram a pena algumas entrevistas de Mário Crespo e Ana Lourenço (faz falta João Adelino Faria) na Sic Notícias. É justo mencionar tão bem alguns Prós e Contras, no início do ano. Por grande mistério, o programa tornou-se muito menos interessante com o passar do ano. Alguns pormenores interessantes no RTP Memória, cuja programação me parece sempre algo inconstante.
No global, acho a televisão portuguesa muito pior que há 5, 10 anos. Menos filmes e documentários de qualidade (saudades da melhor RTP2, do "Lugar da História", do "5 noites, 5 filmes"). E parece que mesmo o cabo não salva a coisa. Não sou grande fã das novas séries "Grey's Anatomy", "House" (cujo conceito de Medicina me repugna), etc. Falta inteligência (sim - mesmo ao House), verve (sim - mesmo ao House), falta originalidade. Não só as banalidades de "boy meets girl". Falta uma espécie de novo "X-Files". Faltam séries "de culto", não só de massas.