Às vezes parece que tudo aquilo que eu critico na sociedade, e os meus próprios defeitos, são uma repetição do erro de Marx: não ter concebido a classe média (daí um certo "racismo" comunista contra o pequeno-burguês). Não ter concebido que o ser humano podia viver bem enquanto classe média. É que eu, sendo classe média, gosto bastante da existência - é a súmula do conforto, indecisão e preguiça. O problema é que a vida gosta mais de quem se defina claramente, sem "meias tintas". E convencer-nos disso?