No outro dia algumas colegas levantaram a questão do "casar e ter filhos". Quem, eu? Nunca sabemos como será a nossa história, mas digo-vos isto para esta geração: os 30 são os novos 20. E a classe média com um emprego relativamente bom (o meu futuro?? hum...) tem alguma margem de manobra. O pior é mesmo se, estando o resto do país tão mal, ser "solteirão" não é quase um acto imoral... Não que esse seja o meu projecto - digo somente que é uma possibilidade para qualquer pessoa nessa condição de poder "fazer vida", com curso, emprego, ainda apoio parental, etc.
Mas, nunca devemos esquecer, a cada manhã, que a melhor manhã está por acontecer (mesmo se as nossas manhãs forem preguiçosas...). Não devemos deixar que a rotina se instale cedo de mais. Ter sempre coragem de mudar: "A change is as good as a holiday". Não só as mesmas pessoas todos os dias, não só os mesmos temas, os mesmos trabalhos. Outra música, outro livro, outro prato, outro estilo. Qualquer idiota se prende, se habitua a um trabalho, se casa, tem filhos. Isso é ceder à nossa natureza. E nada há de mal nisso, pelo contrário - é bom que esse seja o objectivo final de todos nós. Mas não sem antes querer mais, tentar mais, conseguir mais. Não sem um antes. Aqui, lá fora, onde for. Porque, feitas as contas, convém não ceder à rotina sem ter uma história para contar. Quem cede ao desejo de rotina cedo demais (e temo ser um traço genético da minha geração...), quando a consegue enfim, segura e quentinha, mesmo com a realização de ter filhos, amigos que ficaram, e prazeres cultivados, corre o risco de que tudo isso lhe saber a pouco. E quando se chega a esse objectivo na vida de cada qual, nada é tão trágico como sentir-se aprisionado.
Suponho, no entanto, sempre supus talvez, que aí há algo da natureza da pessoa que é determinante. Se prefere arriscar ou não. É que, às vezes, por mais caminhos que fizermos, a nossa natureza leva-nos, invariavelmente, magneticamente, para o mesmíssimo lugar. Donde... arriscar nem é assim tão perigoso, se acreditarmos estarmos mais inclinados para determinada situação na vida. Não é por um abanão que vamos mudar tão profundamente o nosso ser. "Chassez le naturel, il revient au galop".
Mas, nunca devemos esquecer, a cada manhã, que a melhor manhã está por acontecer (mesmo se as nossas manhãs forem preguiçosas...). Não devemos deixar que a rotina se instale cedo de mais. Ter sempre coragem de mudar: "A change is as good as a holiday". Não só as mesmas pessoas todos os dias, não só os mesmos temas, os mesmos trabalhos. Outra música, outro livro, outro prato, outro estilo. Qualquer idiota se prende, se habitua a um trabalho, se casa, tem filhos. Isso é ceder à nossa natureza. E nada há de mal nisso, pelo contrário - é bom que esse seja o objectivo final de todos nós. Mas não sem antes querer mais, tentar mais, conseguir mais. Não sem um antes. Aqui, lá fora, onde for. Porque, feitas as contas, convém não ceder à rotina sem ter uma história para contar. Quem cede ao desejo de rotina cedo demais (e temo ser um traço genético da minha geração...), quando a consegue enfim, segura e quentinha, mesmo com a realização de ter filhos, amigos que ficaram, e prazeres cultivados, corre o risco de que tudo isso lhe saber a pouco. E quando se chega a esse objectivo na vida de cada qual, nada é tão trágico como sentir-se aprisionado.
Suponho, no entanto, sempre supus talvez, que aí há algo da natureza da pessoa que é determinante. Se prefere arriscar ou não. É que, às vezes, por mais caminhos que fizermos, a nossa natureza leva-nos, invariavelmente, magneticamente, para o mesmíssimo lugar. Donde... arriscar nem é assim tão perigoso, se acreditarmos estarmos mais inclinados para determinada situação na vida. Não é por um abanão que vamos mudar tão profundamente o nosso ser. "Chassez le naturel, il revient au galop".