Dou comigo a pensar em como, tantas vezes, tendo - tendemos - a desculpar em demasia as pessoas da nossa geração. A nossa geração é, sejamos claros, grande parte daquilo que nos define. Mas... quer dizer, julgo que há uma certa tendência para cair no politicamente correcto de desculpar tudo a todos - só por termos a mesma idade. De desculpar omissões, comportamentos, má-educações, cobardias, etc. E, paradoxalmente, tendemos a criticar, por vezes, os nossos próprios pais.
Ora, é claro que existe aí um grande paradoxo, uma grande injustiça. Não há porque desculpar tudo aos nossos coetâneos (nem aos nossos pais, já agora, porquanto a gratidão se imponha). A amizade não é desculpar tudo - a amizade é justamente uma relação de confiança em que as pessoas cumprem regras, inevitavelmente - ou ela rompe-se. Todo o contrário, portanto. Será que, quanto mais tendemos a aceitar cegamente tudo nos nossos co-geracionais, mais tendemos a criticar gratuitamente, por exemplo, os próprios pais?
Será que conseguimos avaliar por um qualquer padrão que apliquemos a pais, e amigos - mas antes de mais a nós mesmos?
Não vale a pena deixar coisas básicas para ser 'aceite'. Mais vale estarmos sós.
Ora, é claro que existe aí um grande paradoxo, uma grande injustiça. Não há porque desculpar tudo aos nossos coetâneos (nem aos nossos pais, já agora, porquanto a gratidão se imponha). A amizade não é desculpar tudo - a amizade é justamente uma relação de confiança em que as pessoas cumprem regras, inevitavelmente - ou ela rompe-se. Todo o contrário, portanto. Será que, quanto mais tendemos a aceitar cegamente tudo nos nossos co-geracionais, mais tendemos a criticar gratuitamente, por exemplo, os próprios pais?
Será que conseguimos avaliar por um qualquer padrão que apliquemos a pais, e amigos - mas antes de mais a nós mesmos?
Não vale a pena deixar coisas básicas para ser 'aceite'. Mais vale estarmos sós.