Talvez, se me perguntassem de repente pelo meu poeta favorito, eu me saísse com o seu nome. É certo que continuo um fiel de Cesário, mas Sophia de Mello Breyner Andresen (e todos sabemos o seu nome completo), tem dos poemas mais... limpos da nossa língua. É magnífica. É um acto de higiene mental, lê-la. Uma redenção do mundo. E pergunto-vos se para algo mais existe a Poesia.
Sophia disse, creio, ser o (seu) Porto 'a nação dentro da nação'. Até lhe darei razão nessa fé, mas mais importante para mim será dizer que Sophia é a Língua Portuguesa dentro da Língua Portuguesa. Se se tivesse que começar do zero este nosso mágico idioma, seria sempre com ela. Seria com a sua Poesia que se ensinaria Português a um marciano. Pessoa - se bem que igualmente pristino (ortónimo) - não é nunca tão sincero (ou não é nunca sincero), como Sophia. Sophia escreve e é. E por isso resume a enorme complexidade da Língua Portuguesa, sintetiza e comprime o universo. E traz luz sobre os nossos.
Sophia disse, creio, ser o (seu) Porto 'a nação dentro da nação'. Até lhe darei razão nessa fé, mas mais importante para mim será dizer que Sophia é a Língua Portuguesa dentro da Língua Portuguesa. Se se tivesse que começar do zero este nosso mágico idioma, seria sempre com ela. Seria com a sua Poesia que se ensinaria Português a um marciano. Pessoa - se bem que igualmente pristino (ortónimo) - não é nunca tão sincero (ou não é nunca sincero), como Sophia. Sophia escreve e é. E por isso resume a enorme complexidade da Língua Portuguesa, sintetiza e comprime o universo. E traz luz sobre os nossos.