sábado, julho 12, 2008

Pedro Duarte

Há muito que já não escrevia neste blogue. Os afazeres vão se multiplicando e o tempo não estica, infelizmente.
Não sei se é inusitado existir um post com o nome de um dos autores do blogue, mas também não me importa... o blogue é pluralista e plural... e pareceu-me que fazia sentido.
Este era para ser um projecto partilhado mas tem vindo a ser assegurado quase exclusivamente pelo Pedro Duarte (eu diria uns 99%).
Posso não escrever, mas leio sempre.
E leio não porque sinta qualquer obrigação ou remorso, do género, não escrevo lá nada mas vou supervisionar para ver como param as modas. Não, leio, simplesmente, porque me dá prazer.
Leio porque encontro aqui textos notáveis, visões argutas da realidade que embora sendo sujectivas, muitas vezes reflectem o que eu penso. No quotidiano, nos pormenores, é que está o ganho, e como bom observador o PDuarte retrata-os como ninguém. Pode soar mal o elogio, mas só o faço porque é merecido.
Dos muitos blogues que já li, leio, ou já vi, este é um dos melhores, e de certo não é pelo que eu cá escrevo. Não, o mérito é do PDuarte. Quanto mim, sou da opinião que só o Estado Civil de Pedro Mexia é tão bom, mas capta um público e uma realidade diferentes.
É pena que este blogue não seja mais conhecido, algo que a sua qualidade justificava de sobra. A modéstia do seu autor principal não o permite, se bem que acho que está na altura de transpor essa barreira. O que aqui vem escrito merece ser partilhado, e a nobreza dos textos do Autor merece ser conhecida. De certo que, o reconhecimento que depreendo pelos textos do blogue, não seja alcançado na área onde o PDuarte navega por ora, lhe adviria daquilo que ele sabe fazer melhor, escrever.
Já não o vejo à algum tempo, mas este blogue funciona tambem para mim como um diario de bordo, para saber ou pelo menos inferir de como se vai passando a vida do Pedro. A leitura é obrigatória, e eu não dispenso, nem mesmo a poesia, e eu que só conseguia gostar da de Pessoa.
Espero que continues, se a escrita não te der o reconhecimento que por si só justifica, ao menos serve para me alimentar a alma.
Pelo menos tens um leitor fiel que espera que a caneta e a tinta nunca acabem... seria uma pena a tua qualidade ficar fechada numa gaveta (ou num blogue)... não sou suficientemente egoista... outros merecem ler o que de bom aqui se faz.
Numa palavra: continua.

Obrigado.