Estou farto do barulho de mulheres. Sobretudo do barulho das mulheres erradas. Não oiço um único som, doce, natural, melífluo, das raparigas que acho giras - não conheço nem uma.
Uma vez que sempre vivi muito para o trabalho, dou comigo constantemente rodeado de mulheres quarenta e cinquentonas, com toda a acidez menopáusica, com todo o pormenor castrador, a palavra no final da frase, o tom gélido, a condenação do erro como uma obscenidade. Oiço só o som do desespero, do cinismo, da hipocrisia e crueldade. É como se um ouvido sedento por Vivaldi sofresse à lágrima todos os dias com giz a magoar um quadro de ardósia...
Que merda, isto - sinceramente. Esta não é uma situação natural - um rapaz novo rodeado de mulheres na desilusão da menopausa. Nada de bom pode sair daqui, é essa a cruel verdade. Nada de bom. Depois queixem-se. Eu lavo daqui as minhas mãos.
Uma vez que sempre vivi muito para o trabalho, dou comigo constantemente rodeado de mulheres quarenta e cinquentonas, com toda a acidez menopáusica, com todo o pormenor castrador, a palavra no final da frase, o tom gélido, a condenação do erro como uma obscenidade. Oiço só o som do desespero, do cinismo, da hipocrisia e crueldade. É como se um ouvido sedento por Vivaldi sofresse à lágrima todos os dias com giz a magoar um quadro de ardósia...
Que merda, isto - sinceramente. Esta não é uma situação natural - um rapaz novo rodeado de mulheres na desilusão da menopausa. Nada de bom pode sair daqui, é essa a cruel verdade. Nada de bom. Depois queixem-se. Eu lavo daqui as minhas mãos.