Agora que termina - pelo menos a parte das aulas - do meu curso, vejo, como me dizem os meus colegas, que me recordo de pouquíssimo. Que terei que rever muitíssimo, embora nem saiba precisamente o quê. Está tudo demasiado difuso, pegado a cuspo. Está líquido, em gel - e eu vou ter que o solidificar (se de facto enveredar pela profissão).
Agora, se bem digam que este esquecimento é 'normal', eu mais bem tendo a interpretá-lo como uma espécie de stress pós-traumático. O meu problema, porém, é que o trauma - e o stresse - ainda não acabaram exactamente. Nem me refiro às idiossincrassias da minha universidade - não farei considerações desse género aqui.
Acho somente, que não sou, realmente, talhado para cursos universitários - em geral, em qualquer universidade do país. Porquanto, paradoxalmente, sempre tenha tido uma enorme paixão por temas intelectuais, uma grande curiosidade e um grande prazer em ler e estudar.
Acho que as nossas universidades cerceiam mais que estimulam esse bem precioso que é a criatividade. Por várias razões. Uma das quais, profundamente queirosiana, tem a ver com a relação sempre equívoca entre professores e alunos. Desde o nacional-porreirismo à esquizofrenia intelectual, passando pela avarice intelectual, o pedantismo, a falta de paixão, o comodismo e outras coisas menos sanas.
Este é um país de que Rómulo de Carvalho, seguramente, se envergonharia. A ver se consigo sobreviver - intelectual e paradoxalmente - à minha (des)educação universitária.
Agora, se bem digam que este esquecimento é 'normal', eu mais bem tendo a interpretá-lo como uma espécie de stress pós-traumático. O meu problema, porém, é que o trauma - e o stresse - ainda não acabaram exactamente. Nem me refiro às idiossincrassias da minha universidade - não farei considerações desse género aqui.
Acho somente, que não sou, realmente, talhado para cursos universitários - em geral, em qualquer universidade do país. Porquanto, paradoxalmente, sempre tenha tido uma enorme paixão por temas intelectuais, uma grande curiosidade e um grande prazer em ler e estudar.
Acho que as nossas universidades cerceiam mais que estimulam esse bem precioso que é a criatividade. Por várias razões. Uma das quais, profundamente queirosiana, tem a ver com a relação sempre equívoca entre professores e alunos. Desde o nacional-porreirismo à esquizofrenia intelectual, passando pela avarice intelectual, o pedantismo, a falta de paixão, o comodismo e outras coisas menos sanas.
Este é um país de que Rómulo de Carvalho, seguramente, se envergonharia. A ver se consigo sobreviver - intelectual e paradoxalmente - à minha (des)educação universitária.