Uma das coisas engraçadas de trabalhar no ramo da Saúde é comprovar na prática a teoria de House: toda a gente mente. Toda a gente mesmo. Há um aproveitamento do stress especial que rodeia a assistência, um princípio de dúvida especial - a Saúde é um bem supremo, qualquer erro é fatal, e a ponderação de um pode ser a oportunidade de outro. Que pena ser assim. E eu nem gostava muito da série. Sempre achei aquilo uma folia do diagnóstico diferencial levado ao extremo. Sempre achei aquilo uma perversão da profissão, da arte clínica. Mas eis-me outra vez nos saudosismos do artesanal. Raios - sempre de volta ao mesmo queixume.