quarta-feira, maio 30, 2007

Da Beleza

Talvez tanto a beleza como a mentira sejam índices de Civilizaçao. A mentira, claro está, é a condiçao da sociabilidade pacífica. Definitivamente, seria mais fácil ao ser humano ser honesto, mas isso seria profundamente anit-social.

A beleza surge entao, para mim, como o contraponto natural da mentira. Qualquer homem socialmente hábil, e portanto, mentiroso (talvez também possa ser sonhador), aspira à redençao de uma mulher bela. E o mesmo é válido para uma mulher. É para mim misteriosa esta ligaçao, mas eu arriscaria dizer que há algo de puro, imaculado, na beleza verdadeira. Essa pureza será talvez o maior bem de um hipócrita, que, por imposiçao social, há tanto tempo delapida a sua.

Acabo sempre estas reflexoes com o exemplo do homem italiano. Invejavelmente sociável num 'setting' moderno, a fronteira nele entre verdade e mentira é notavelmente indistinta. E surge, claro, essa segunda moralidade "fra il bello e il brutto". Como se salva ele de si mesmo? Creio que a resposta é óbvia...