domingo, fevereiro 15, 2009

Não Chamar Ainda o Psiquiatra

Devo esclarecer quem anda preocupado com a minha fixação pela Lady GaGa.

Eu sei que ela parece bastante heterodoxa. É ela mesma que se auto-critica, dizendo que parece, em algumas fotos, um 'tranny'. Antes de mais, isso faz parte do seu encanto - e refiro-me ao troçar de si mesma, per caritá... É tudo uma estratégia sua. Talvez ingenuamente - o tempo o dirá - embarcou numa cruzada de 'fashion statement'. E isso explica o guarda-roupa provocador.

Em segundo lugar, eu julgo a música, não o 'look', ou mesmo a intuição de que 'fauna' nova-iorquina ela conheceu no seu percurso artístico... Fine by me - I don't give a damn.

O que eu gosto mesmo é do pop que ela faz. Mais puro - palavra errada para música quase electrónica... - 'mais genuíno' fica melhor. Tem voz, tem 'allure' cénico. Tem talento. Também tem lírica algo explícita, eu sei - porque é honesta quanto à sexualidade. Essa questão não é uma questão.

E, neste momento, ela é uma moda. Apanhou o excelente momento de depressão com o estado da economia e futuro colectivo para emergir. Isso deu-lhe ainda mais brilho, testou ainda mais a sua veracidade. E ela parece estar a ganhar - com grande satisfação minha - esse teste.

Amanhã terei outra mania. Quanto mais inovadora, puxada do nada para este deserto de Freeport, Futebol e Finança... tanto melhor.