Há uma parte que não vem daí, e eu critico. Critico em mim, e critico na minha geração. Critico-nos, jovens.
Mas uma grande parte que vem de outro sítio. Vem da demissão. Da carga que deixam aos mais novos. E depois de um 11 de Setembro, duas guerras (mesmo se de outros, sabemos que elas estão lá), terrorismo, crise económica portuguesa, país envelhecido, 'realpolitik', supressão de valores, ausência de Justiça, onda de crimes, mais crise portuguesa. E, depois, uma recessão mundial.
Jumentos podemos alguns, às vezes ser. Sou o primeiro a dizê-lo. Mas é demasiada a carga sobre os nossos ombros. É essa a miséria de Portugal, pelo meio das suas qualidades: não tem homens, não tem, subitamente, gerações. Velhos fazem vidas de novos, novos fazem vidas de velhos.
Mas são muitas pontas soltas para atar. São muitas. Não admira, portanto. Não admira.
E a culpa, nos melhores entre nós, não é nossa. A culpa não é nossa.
Talvez não seja demais escrevê-lo, dizê-lo outra vez: a culpa não é nossa.
Mas uma grande parte que vem de outro sítio. Vem da demissão. Da carga que deixam aos mais novos. E depois de um 11 de Setembro, duas guerras (mesmo se de outros, sabemos que elas estão lá), terrorismo, crise económica portuguesa, país envelhecido, 'realpolitik', supressão de valores, ausência de Justiça, onda de crimes, mais crise portuguesa. E, depois, uma recessão mundial.
Jumentos podemos alguns, às vezes ser. Sou o primeiro a dizê-lo. Mas é demasiada a carga sobre os nossos ombros. É essa a miséria de Portugal, pelo meio das suas qualidades: não tem homens, não tem, subitamente, gerações. Velhos fazem vidas de novos, novos fazem vidas de velhos.
Mas são muitas pontas soltas para atar. São muitas. Não admira, portanto. Não admira.
E a culpa, nos melhores entre nós, não é nossa. A culpa não é nossa.
Talvez não seja demais escrevê-lo, dizê-lo outra vez: a culpa não é nossa.