Ele há coisas curiosas nesta vida. Desde cedo, em Itália, eu simpatizava com o Inter. Assim, de caras. Gostava da cor do equipamento (que as escolhas têm estas razões idiotas a princípio), gostava sobretudo de Ronaldo, que nesse então andava por lá. Gostava, sei lá. Nem sei bem explicar.
Tenho simpatia por outras equipas italianas, é certo. Mas fiquei com a 'fama' de interista, e não a consigo já sacudir. Não é algo como o Sporting, se eu quisesse mudava, e quis mesmo fazê-lo, quando da conquista do penúltimo 'scudetto', por rebelião contra as folias gastadoras, tudo o contrário do que fazia o Sporting, e tudo o contrário do que eu defendo.
Mas, na verdade, não consigo sacudir ainda bem a coisa. Especialmente agora, que está lá aquele que, para mim, é de facto o melhor treinador do jogo (juntamente com Marcelo Lippi e Alex Ferguson), embora discorde de algumas abordagens, bem como um dos melhores jogadores, que está no pódio (juntamente com Messi, Ronaldinho, Ronaldo e Kaká): Ibrahimovic, e o meu jogador português favorito (além de Moutinho): Ricardo Quaresma.
Portanto, Inter, nada te prometo. Mas que vou seguir com interesse, lá isso vou. Afinal, depois de tantos anos a ouvi-las por causa da gestão alucinada e das sistemáticas derrotas, malgrado mastodônticos orçamentos, acho que mereço.
Ah, e já agora, acho que, também, por exemplo, a minha dedicação merecia ter conhecido essa musa interista que é a Debora Salvalagio, antes do namoro (ainda dura?) com o português Pelé (sacana!), porque, dizia ela, até andava à procura de homens intelectuais (mas porque é que elas nunca me chegam a conhecer?):
Ui. Mas enfim, isto tudo (ui!) para dizer que, nestes dias, é tudo isto o Inter.
É que nem é preciso sequer mencionar o Figo, vejam bem a coisa. Mourinho, Ibrahimovic, Quaresma e Salvalaggio: um mestre, um melhor-do-mundo, um mágico e uma musa. Haveria, realmente, que re-editar as conversas de secundário acerca do Inter.
Eu até diria, para concluir, que quem se ri por último ri melhor. Mas, na realidade, quem anda com a Salvalaggio é o Pelé, pelo que, tanto os meus críticos como eu, na minha glória revanchista, ficamos soterrados pela constatação de que deveríamos ter investido as nossas vidas a tentar ser jogadores da bola. É que talento não faltava.