quarta-feira, julho 23, 2008

Serenidade

Explicava eu como, na sociedade actual, de competição e stress constante, é sempre necessário a um rapaz, a um homem, ter uma contra-parte feminina na sua vida. Porque senão - assim vai a teoria - com os níveis de testosterona nos píncaros do desassossego, não faltam pequenas agressões no dia-a-dia que os possam concretizar em algo desagradável.

Escolher uma parceira, para nos garantir essa serenidade de espírito é evitar, ao tomar o pequeno-almoço de manhã no café, pensar 'Este gajo serviu-me o café a escaldar de novo. É hoje que lhe vou à cara'. Ou, à tarde: 'Aquele gajo olhou duas vezes para mim. Está f*****'.

Sem mulheres não há, provavelmente, paz, não há serenidade. E a coisa aqui é toda ela afectiva - está além do sexual. O sexual, convenhamos, é fácil de resolver nestes tempos.

O problema, claro, está na pessoa que, por sortes na vida, temos a oportunidade de acolher, e ela a nós. Nessa pessoa é feito um investimento demasiadamente importante, como o ela o faz em em nós. Mas que esse é um destino inescapável, para a maioria, numa sociedade civilizada e intelectualizada, tenho-o como praticamente certo.