Brilhante post de Pedro Mexia, no Estado Civil.
"Chegados ao expoente do capitalismo, somos (relativamente) donos das nossas vidas, mas sexualmente vivemos a mesma lei do mercado que se aplica aos arrendamentos de imóveis. Existe um capitalismo sexual que é tão férreo como o vitorianismo. A «libertação sexual» do capitalismo é, como quase todos os produtos capitalistas, um produto agradável mas baseado em ilusões. Desde logo porque o «mercado sexual» do capitalismo é implacável para os «excluídos», como é implacável para os excluídos em todas as outras áreas da vida. Quando temos alguma proximidade com a «classe dirigente» do capitalismo sexual (somos jovens, atraentes ou afluentes) gozamos as delícias da «libertação». Caso contrário, vivemos na mesma miséria em que viviam e vivem todos os excluídos em todos os regimes sexuais."
"Chegados ao expoente do capitalismo, somos (relativamente) donos das nossas vidas, mas sexualmente vivemos a mesma lei do mercado que se aplica aos arrendamentos de imóveis. Existe um capitalismo sexual que é tão férreo como o vitorianismo. A «libertação sexual» do capitalismo é, como quase todos os produtos capitalistas, um produto agradável mas baseado em ilusões. Desde logo porque o «mercado sexual» do capitalismo é implacável para os «excluídos», como é implacável para os excluídos em todas as outras áreas da vida. Quando temos alguma proximidade com a «classe dirigente» do capitalismo sexual (somos jovens, atraentes ou afluentes) gozamos as delícias da «libertação». Caso contrário, vivemos na mesma miséria em que viviam e vivem todos os excluídos em todos os regimes sexuais."