Que livre, enfim, seria
Se nesta prisão quisesse
Da liberdade, o dia.
A vida a cada manhã
A vida que à rede calha
Maré, após maré,
Na busca
Do meu leviatã.
A dor alheia, mas nunca estranha,
Eu sou o homem que escolhi -
Se a vida nunca se ganha,
Eu jamais a perdi.
Que espera, e nunca desiste
E não sou homem que me gabe,
Amo só aquilo que existe,
Temo só que o pouco acabe.
Pedro Oliveira